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Três novos casos de meningite em Cianorte colocam o Paraná em alerta

Publicado em 13/04/2018 às 14:28

Três crianças foram diagnosticadas com meningite em Cianorte, um bebê de 11 meses e irmãos gêmeos de 4 anos. As salas de aula da creche onde estudam foram isoladas por quatro dias e várias medidas de higienização foram tomadas para evitar a propagação da doença viral. A vacinação é considerada a forma mais eficaz na prevenção da doença.

Todas as regiões do Paraná estão em alerta. Esta época é propícia para a proliferação da doença. Em 2018 foram notificados 195 casos de meningite no Estado, com 24 óbitos.

O bebê de 11 meses ainda está internada em um hospital de Cianorte. Ele está em observação em um quarto após passar pela UTI de unidade de referência em Maringá. Os irmãos ficaram vinte dias isolados.

A creche onde as crianças com meningite estudam já retomou o expediente habitual. Não se sabe quando as crianças que ficaram doentes poderão retornar às aulas. Enquanto isso, professores e crianças passaram a adotar medidas de precaução, como lavar as mãos assiduamente para evitar novos contágios.

As vacinas contra as bactérias da meningite são sorogrupo ou sorotipo especificas. No calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização estão disponíveis:

  • a vacina Pentavalente: protege contra as infecções invasivas causadas pelo H. influenzae do sorotipo b, entre elas a meningite. Esta vacina também confere proteção contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
  • a vacina Pneumocócica 10 valente conjugada: protege contra as infecções invasivas, entre elas a meningite, causadas por dez sorotipos do S. pneumoniae.
  • a vacina Meningocócica C conjugada: protege contra a doença meningocócica causada pela N. meningitidis sorogrupo C.
  • a vacina BCG: protege contra as formas graves de tuberculose (miliar e meníngea).

 

O que meningite?

A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos. As meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido sua magnitude, capacidade de ocasionar surtos e, no caso da meningite bacteriana, a gravidade dos casos. No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no inverno e, das virais, no verão. 

Sintomas

Os principais sinais e sintomas são: febre, dor de cabeça, vômitos, náuseas, rigidez de nuca e/ou manchas vermelhas na pele.

Diagnóstico

Em crianças menores de um ano de idade, os sintomas podem não ser tão evidentes. Por isso, é necessário ter atenção para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente, além de rigidez corporal com ou sem convulsões.

Transmissão

Em geral, a transmissão é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta.

A transmissão fecal-oral é de grande importância para a meningite viral, principalmente, nas infecções por enterovírus.

Prevenção

Além da ida rápida aos serviços de saúde ao se perceber os sinais e sintomas sugestivos de meningite (febre acompanhada de dor de cabeça, vômitos, náuseas, rigidez de nuca e/ou manchas vermelhas na pele), a prevenção da doença conta com a quimioprofilaxia dos contatos próximos e a vacinação.

A quimioprofilaxia está indicada SOMENTE para os contatos próximos dos casos suspeitos de Doença Meningocócica e meningite por Haemophilus influenzae tipo b.

Outras formas de prevenção incluem: evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.

Tratamento

O tratamento é feito de acordo com a causa da meningite diagnosticada pelo médico, variando desde o tratamento para alívio dos sintomas (nas meningites virais e traumáticas) até a antibioticoterapia (nas meningites bacterianas, fúngicas e eosinofílicas).

De um modo geral, a antibioticoterapia é administrada por via venosa por um período de 7 a 14 dias, ou até mais, dependendo da evolução clínica e do agente etiológico.

No caso da meningite bacteriana, o tratamento com antibiótico deve ser instituído tão logo seja possível, preferencialmente logo após a punção lombar e a coleta de sangue para hemocultura. O uso de antibiótico deve ser associado a outros tipos de tratamento de suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência.

A precocidade do tratamento e diagnóstico são fatores importantes para o prognóstico satisfatório das meningites. Quanto mais rápido o atendimento médico, maiores as chances de uma boa recuperação do paciente, reduzindo o risco de óbito ou sequelas (paralisia dos membros, perda auditiva, perda da visão, etc).

 

 

Adaptado de Notí-Cia.com e Ministério da Saúde

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