Quinta-feira, 21 de novembro de 2024 Login
O tomate está entre os alimentos mais consumidos rotineiramente pelos brasileiros. O queridinho vai muito bem em saladas para acompanhar as refeições do dia a dia, bem como no churrasco de fim de semana e no incremento de molhos e refogados.
Esse consumo frequente, no entanto, muitas vezes coloca seus benefícios em dúvidas, isso pelas também frequentes histórias de que o tomate provoca ácido úrico e pedra nos rins. “Isso é mito”, garante o médico urologista, Dr. André Garcia (CRM/PR 25.770 / RQE 20.247). “O tomate é considerado um alimento saudável, rico em vitamina C e antioxidante, que até ajudam a equilibrar o ácido úrico”, contesta.
Ele acrescenta que não tem nenhum estudo que confirme alteração no ácido úrico causada pelo consumo de tomate. “Consequentemente, não tem estudo que indique que tomate vai aumentar a ocorrência ou causar pedras nos rins”, esclarece o médico.
É importante destacar que, além da vitamina C, que atua no fortalecimento do sistema imune, o fruto reúne nutrientes como Vitamina A, Vitamina do complexo B, minerais como ferro, potássio, magnésio e fósforo.
Essa você não sabia
Já que a maior dúvida das pessoas é com relação à pedra nos rins, vamos aproveitar para dar algumas dicas, considerando que estamos em pleno verão, se aproximando os feriados de carnaval, quando os churrascos em família e entre amigos se tornam bastante frequentes.
Sim, o churrasco aumenta o risco de pedra nos rins. “Isso porque é um alimento rico em proteína animal, com quantidade alta de sal, que tende a elevar a quantidade de sódio no organismo, aumentando a excreção urinária de sais, como cálcio e oxalato, e consequentemente, o risco de formação de cálculo renal, as famosas pedras nos rins”, explica Dr. André.
No verão ou em dias de temperaturas altas, como tem sido comum em Umuarama e em cidades da região, as pessoas transpiram mais e, com isso, o rim tem menos líquido para filtrar, elevando o risco de concentração dos cristais. “Recomenda-se o consumo de, no mínimo, 2,5 litros de água por dia, a quem já teve pedra nos rins ou que tem histórico familiar”, orienta o urologista.
Ele acrescenta que a perda de água pelo suor, sem a devida reposição, aumenta a tendência à desidratação e o risco de formação de pedras nos rins também é maior.
Foto: Hudson Fernando