Quarta-feira, 4 de dezembro de 2024 Login
Algumas mulheres anseiam pelo dia em que ela vai chegar, já outras, temem os efeitos colaterais dessa chegada. Essa descrição poderia facilmente se encaixar com a menopausa, no entanto, o termo correto é climatério. A médica ginecologista Dra. Ana Maria A. Kato (CRM-10.682), explica as diferenças entre menopausa e climatério.
A menopausa corresponde ao último ciclo menstrual. “Geralmente ocorre entre 45 e 55 anos de idade. O termo menopausa muitas vezes é usado indevidamente para designar o climatério, que é a fase de transição do período fértil da mulher para o não fértil, ou não reprodutivo”, informa a médica.
Ela destaca que a menopausa não deve ser vista como um problema de saúde e sim como o fim do ciclo de reprodução da mulher. “As mulheres passam por algumas dificuldades durante esse período, afinal, os sintomas são incômodos e em algumas são ainda mais fortes. Mas, a menopausa é um período importante e inevitável na vida da mulher e deve ser considerada um processo natural, não uma doença”.
O que causa a menopausa?
Todos os óvulos que a mulher produzirá durante a vida têm origem em células já presentes nos ovários no momento do nascimento. Essa espécie de “reserva” é usada desde a primeira menstruação (menarca) até a última (menopausa). “Esse processo é único, o organismo da mulher não é capaz de formar novos óvulos para repor os que se foram, e por isso, o fim da menstruação”, esclarece a Dra. Ana.
Quando o último deles morre, os ovários começam a falhar e a concentração de hormônios femininos, estrogênio e progesterona cai. Esse processo é irreversível. “A menopausa também pode ser induzida, caso a mulher passe por alguma cirurgia ginecológica, como a remoção dos ovários”, aponta.
Climatério
Os sintomas do climatério são as já conhecidas ondas de calor na parte superior do corpo, suores, palpitações no coração, vertigens, cansaço muscular, dificuldade para esvaziar a bexiga, dor e pressa para urinar, perda de urina, infecções urinárias e ginecológicas, ressecamento vaginal, dor à penetração e diminuição da libido.
“Além de sintomas físicos, a redução desses hormônios interfere diretamente no humor da mulher. É nesse período que ela vai se queixar mais de irritabilidade, instabilidade emocional, choro descontrolado, depressão, distúrbios de ansiedade, melancolia, perda da memória e insônia. Essa é uma fase delicada, em que a mulher precisa contar com o apoio e compreensão da família”, orienta.
É importante que a mulher receba o acompanhamento ginecológico afim de confirmar a chegada do climatério.
Foto: assessoria/divulgação