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Doação de medula óssea pode ser feita várias vezes pelo mesmo doador, esclarece hematologista

Publicado em 24/07/2021 às 10:59 por Editoria Movimento Saúde

Você sabia que uma pessoa pode doar medula óssea várias vezes ao longo da vida, e não há nenhum tipo de prejuízo à saúde do doador? A doação é simples, rápida, nada burocrática, e pode salvar milhares de vidas. Mas ainda faltam informações sobre o assunto e sobre a abrangência dos benefícios para incentivar os doadores.

“Imunodeficiências, leucemia e outros tipos de câncer, além de diferentes problemas no sangue, podem ser tratados ou até curados com o transplante de medula óssea. A doação de medula óssea é extremamente importante, mas infelizmente, escassa. Muitas pessoas ainda acreditam em mitos sobre a doação, e isso dificulta novos cadastros de doadores”, explica a médica hematologista Dra. Aruana Legnani Mohr (CRM 31164 – RQE 20051).

Processo de doação

Para se tornar um doador, o processo é simples: o voluntário visita o hemocentro, faz o cadastro e retira 5 mililitros de sangue, que será analisado para indicar componentes da medula compatíveis com outros pacientes, além de ser verificado a existência de doenças que possam ser transmitidas para o receptor. “O doador ganha um checkup, já que é analisado minuciosamente o sangue dessa pessoa. Se tudo estiver certo, é só esperar, e assim que surgir um paciente compatível o Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) entra em contato com o doador”, afirma a hematologista.

Mitos e verdades sobre a doação de medula óssea

A doação é dolorosa

Depende. Existe um incômodo, que pode ser leve ou moderado. O processo pode ser feito de duas formas: com o doador anestesiado, são feitas punções da medula dos ossos da bacia, o outro processo é a aférese, que consiste em ligar um tubo a uma veia perto da bacia do paciente.  

A doação só pode ser feita uma vez

Mito. A medula se regenera 15 dias após a doação e não há nenhum tipo de prejuízo à saúde do doador, por isso, o voluntário pode doar sem medo. Além disso, a recuperação é rápida, em três dias de repouso o doador volta as atividades normais – a doação é prevista em Lei, ou seja, a ausência no trabalho é justificada com um atestado médico.

Qualquer pessoa pode doar

Mito. Não existem muitas restrições, no entanto, é necessário ter entre 18 e 55 anos, não ter diabetes tipo 1, não doenças infecciosas, câncer ou deficiências no sistema imunológico.

Vale destacar que o banco de dados de voluntários é global, sendo assim, se não houver nenhum doador compatível no país do paciente, as buscas se abrem para outros países. Caso seja encontrado um doador compatível, o governo fica responsável pelo transporte do material ao receptor.

“Por isso, é importante manter o cadastro atualizado. As vezes as pessoas mudam de endereço, telefone, e não é possível entrar em contato”, lembra a médica.

Confira aqui o endereço do Redome na sua cidade.

Para manter seu cadastro atualizado, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

Associação Médica de Umuarama

Foto: Redome Inca

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