Domingo, 24 de novembro de 2024 Login
Prisão de ventre pode estar associada a doenças como diverticulose, hemorroidas, fissuras anais e câncer colorretal
Foto: Divulgação
A prisão de ventre mexe com a vida e atrapalha a rotina de dois terços das mulheres brasileiras. Isso foi o que mostrou um estudo realizado pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, divulgada em 2019. A pesquisa ouviu 3.029 mulheres de nove capitais, e do Distrito Federal.
Entre os sintomas gastrointestinais citados pelas entrevistadas estão dores e inchaço no abdômen, gases e dificuldade para evacuar, queixas que afetam a qualidade de vida de forma geral. Para 89% o relato foi de variação de humor, 88% apontaram problemas de concentração e 79% destacaram consequências na vida sexual.
O que chama atenção na pesquisa é que, apesar da intensidade dos desconfortos, 25% das mulheres declararam não procurar auxílio médico, por acreditarem que os sintomas vão desaparecer sozinhos e que não constituem indicação de doenças. Umas das justificativas relatas por elas é de que o desconforto se dá pela dificuldade de usar banheiros fora de suas casas.
Especializado em Cirurgia Geral, Dr. Adauto Rodrigues Trute aponta alguns vilões causadores da constipação nas mulheres. “A sobrecarga de hormônios durante a TPM e menopausa somados a alimentação inadequada e aos fatores psicológicos, físicos e emocionais contribuem para o agravamento do quadro intestinal”, aponta.
Ele alerta ainda que, ao contrário do que elas pensam, a prisão de ventre pode estar associada a doenças como diverticulose, hemorroidas, fissuras anais e câncer colorretal.
A mudanças de hábitos alimentares, com consumo de fibras presentes em frutas, verduras, legumes e grãos ajudam no bom funcionamento intestinal, mas nada disso surte grandes efeitos se não houver a ingestão de água.