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Atividade física e alimentação saudável são dicas de ouro para quem quer chegar bem a melhor idade

Foto: Divulgação

Idosos com autonomia e independência têm mais qualidade de vida

Publicado em 06/10/2017 às 08:24

Os idosos somam mais de 900 milhões de indivíduos no planeta. A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que em 2050, mais de 2 bilhões de pessoas tenham mais de 60 anos de idade. Viver mais e com qualidade é o objetivo da maioria.

De acordo com a médica geriatra Dra. Marilia Moraes Queiroz Souza (CRM 21098), a perda da autonomia (capacidade de tomar as próprias decisões e traçar seus objetivos) e da independência, (capacidade de fazer suas atividades do dia a dia sem precisar da ajuda de terceiros), são os fatores que mais comprometem a qualidade de vida dos idosos.

Idosos são mais propensoDra. Marilia Moraes Queiroz Souza (CRM 21098)s a problemas crônicos de saúde e, muitas vezes, múltiplos problemas ao mesmo tempo, que podem comprometer suas capacidades físicas e intelectuais. Para a especialista, a prevenção é o melhor remédio.

São três os níveis de prevenção: 

Primário: quando a pessoa não tem doenças. “Nesse estágio, alimentação balanceada, prática frequente de atividade física, fazer exames preventivos uma vez por ano e evitar maus hábitos como fumar e beber, são fundamentais para manter a saúde”, diz a médica.

Secundário: quando já existem doenças, como a hipertensão e a diabetes, por exemplo. Segundo a Dra. Marília, “além de mudanças na dieta, com a restrição de açucares e gorduras, pratica de atividades física supervisionada, o idoso precisa de acompanhamento médico regular e fazer o uso correto dos medicamentos de uso contínuo”.

Terciário: quando o paciente já sofreu um infarto ou um derrame, por exemplo. Muitas vezes, nesse estágio, ele já perdeu a independência e autonomia. “Em alguns casos, além do acompanhamento médico, o idoso pode precisar da ajuda de outros profissionais como fisioterapeutas e fonoaudiólogos para restabelecer a saúde e evitar que novos episódios ocorram”, explica.

Perda dental pode provocar desnutrição

Com o passar dos anos, nossos sentidos já não são mais os mesmos. A audição, o tato, o olfato e o paladar vão ficando menos sensíveis.

De repente os alimentos já não têm o mesmo aroma e sabor de antes e os idosos passam a comer menos. Não são raros os casos de desnutrição na faixa etária acima dos 60 anos de idade.

A perda dos dentes é um problema muito comum na terceira idade e que compromete muito a qualidade de vida e a saúde. Sem eles, além de perder grande parte do paladar, o processo de digestão é comprometido.

Segundo a Dra. Marília, os idosos passam a ingerir alimentos cada vez mais pastosos, que são fáceis de engolir, mas nem sempre tem os nutrientes necessários. Saladas, frutas, carnes, nozes e outros alimentos mais consistentes são deixados de lado e a desnutrição é consequência comum.

“Esse é um quadro que vem mudando”, afirma a geriatra. Segundo ela, os implantes dentários e novas técnicas de reabilitação oral tem proporcionado mais qualidade de vida aos idosos.

“A mastigação é uma parte importante da digestão e todo investimento nesse sentido é válido”, aconselha a médica.

Suplementação alimentar

Outro aliado dos idosos nos dias atuais são os suplementos alimentares específicos para a terceira idade.

 

“Diversas indústrias de alimentos investiram em pesquisas e lançaram linhas especialmente criadas para os idosos. Esses alimentos, com gorduras, açucares, fibras e vitaminas na medida certa são ótimos aliados quando o assunto é prevenção e qualidade de vida”, disse a Dra. Marília.

Outro ponto destacado pela médica é quanto ao consumo de leite. “A não ser nos casos em que haja intolerância, o idoso pode tomar leite à vontade. É um alimento importante que deve fazer parte da dieta, sem restrições”, ressaltou.

 

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