Sábado, 23 de novembro de 2024 Login
Seu Lucindo Onório dos Santos, não levou uma vida que poderia ser chamada de saudável. Fumante até os 80 anos de idade, amante de torresmo e refrigerante e avesso às frutas e legumes, o aposentado que acaba de completar 102 anos contraria os prognósticos médicos com disposição, lucidez, alegria e muitas histórias para contar.
Migrante do Estado de Sergipe, Seu Lucindo nasceu na cidade de Frei Paulo em 21/04/1921 e foi trabalhador rural a vida toda. “Neste sábado ele comemorou 102 anos, completamente lúcido. Se locomove bem, come, toma banho e faz quase tudo sozinho. Adora contar suas histórias do Sergipe e de vida. Ele diz que conheceu pessoalmente quando menino o Lampião e seus comparsas”, disse a neta Natane Corvino, que comemorou o aniversário do avô com seu esposo Diego e o filho Guilherme, que é o xodó do bisavô.
O filho caçula, José Aparecido dos Santos, de 57 anos, que nasceu em Umuarama, cresceu ouvindo as histórias do pai. “Meu pai saiu de Sergipe, viveu um tempo na região de Santos-SP e depois veio para o Paraná. Vive contando histórias de quando era menino e o bando de Lampião e Maria Bonita chegava em sua cidade. Os meninos tinham que fazer pequenos serviços como dar água e cuidar dos cavalos dos temidos cangaceiros. Depois do fim do cangaço que o meu pai teria vindo para o Sul, chegando à Umuarama no fim dos anos de 1950” relata o filho.
Seu Lucindo ficou viúvo há mais de 35 anos e morou muitos anos sozinho. Seus hábitos alimentares eram a base de arroz, feijão, torresmo e rapadura de sobremesa com Coca-Cola, seu refrigerante preferido. Para dar “sustância”, Seu Lucindo gosta de comer mocotó ou dobradinha.
Segundo a neta Natane, atualmente a família controla esses hábitos. Seu Lucindo já passou por três procedimentos de Cateterismo Cardíaco e faz uso de medicamentos cardíacos. “Difícil saber qual o segredo para chegar nessa idade bem assim como ele! Ele é abençoado, nosso velhão é forte como uma aroeira!”, disse a neta Natane Corvino, que comemorou o aniversário do avô com a família, seu esposo Diego e o filho Guilherme, que é o xodó do bisavô.
Reportagem: ROSI RODRIGUES - JORNALISTA
Fotos: ARQUIVO DA FAMÍLIA
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