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Foto: Obemdito

Equipe da Norospar realiza ação de conscientização sobre a doação de órgãos

Publicado em 28/09/2017 às 07:54

É totalmente compreensível o momento de angústia e de dor diante da perda de um ente querido. Mas é preciso entender que há a possibilidade de uma pessoa querida que se foi ajudar até sete pessoas a continuarem vivendo.

Esta foi uma das informações apresentadas por equipes da Norospar num trabalho de conscientização sobre a doação de órgãos, nesta quarta-feira (27), em frente a maternidade, na avenida Ipiranga, em Umuarama. A ação faz parte da Campanha Setembro Verde e foi realizada pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante – (CIHDOTT) da Norospar.

Enquanto recebiam informações, homens e mulheres de todas as idades eram convidados a aferir a pressão arterial e realizar exames de glicemia, gratuitamente. Houve o apoio da Unipar (Universidade Paranaense) na ação, realizada das 9 às 12 horas.

Num primeiro momento, o tom foi de comemoração. É que ao longo dos últimos anos (2011 a 2016) o número de órgãos doados no Paraná apresentou um crescimento de 156%. Existe a possibilidade de um novo recorde agora em 2017.

Nesse ritmo, segundo a Central Estadual de Transplantes (CET-PR) é possível que num futuro próximo os paranaenses se tornem os maiores doadores de órgãos no país.

A Norospar faz parte desse saldo positivo porque mantém uma comissão intra-hospitalar atuante na captação de múltiplos órgãos, procedimento que mobiliza vários profissionais especializados, que se unem às equipes da CET.

A iniciativa também serviu de alerta. A fila de pessoas que travam uma luta contra o tempo e, assim, continuarem vivas, segue grande. Para cada doação feita no Paraná há seis pessoas à espera de um órgão.

Segundo dados da Secretaria de Saúde, de janeiro a julho deste ano foram doados 288 órgãos no Estado, período no qual foram realizados ainda 484 transplantes. À espera de uma doação, porém, ainda estão 1.677 pacientes, principalmente rim (1.399), fígado (113), córneas (97) e pâncreas (31).

“Quanto mais informações, melhor, porque isso ajuda a combater o preconceito e o receio das famílias”, destacou a enfermeira Danusa Goin, que preside a comissão intra-hospitalar da Norospar. 

De posse de dados da CET, Danusa informou que a recusa familiar, que entre 2011 e 2015 foi o principal motivo para a falta de doações, respondendo por 78,7% das rejeições, hoje ocupa o segundo posto, com 32,1% das rejeições, atrás da falta de condições clínicas (39%).

Luta contra o tempo

Uma grande dificuldade que a CET-PR tem para conseguir doadores é justamente a condição em que o paciente precisa estar para que seus órgãos possam ser doados. Além de constatada a morte encefálica, o coração do doador tem que estar ainda batendo para que seus órgãos possam ser captados.

É uma corrida contra o tempo. No caso do fígado, por exemplo, os médicos e enfermeiros têm em torno de 8 horas para retirar o órgão do doador e realizar o transplante, enquanto no caso dos rins o período é um pouco maior, perto de 24 horas.

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