Movimento Saúde

Nesta Semana da Mulher, o Movimento Saúde traz um tema essencial para o bem-estar feminino: a menopausa precoce, uma condição que tem afetado um número crescente de mulheres antes dos 50 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1% das mulheres entram na menopausa antes dos 40 anos, enquanto 0,1% enfrentam esse quadro antes dos 30.
Além das implicações hormonais e de saúde, a menopausa precoce impacta diretamente na vida reprodutiva. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a idade média para a maternidade no Brasil tem aumentado progressivamente. Em 2020, essa média era de 27,7 anos, e estima-se que, em 2070, chegue a 31,3 anos. Esse cenário preocupa especialistas, já que muitas mulheres postergam a gravidez sem saber que podem enfrentar dificuldades para engravidar devido a uma falência ovariana precoce.

A boa notícia é que a ciência tem avançado significativamente no diagnóstico e no tratamento da menopausa precoce, trazendo novas perspectivas para quem enfrenta essa condição.

Menopausa precoce: sintomas e fatores de risco
A menopausa ocorre naturalmente entre os 45 e 55 anos. No entanto, quando os ovários interromperam sua função antes desse período, é periódico como precoce. Isso pode ocorrer de maneira espontânea ou estar associado a fatores genéticos, doenças autoimunes ou intervenções médicas, como tratamentos contra o câncer. Os sintomas da menopausa precoce são semelhantes aos da menopausa convencional, mas podem ser mais intensos devido à interrupção súbita dos hormônios. 

Entre os principais sinais estão:
Irregularidade menstrual ou ausência de menstruação por mais de três meses 
Ondas de calor e suores noturnos 
Alterações de humor, como ansiedade e depressão 
Diminuição da libido
Ressecamento vaginal, podendo causar desconforto na relação sexual 
Dores articulares e fadiga 
Dificuldade para dormir
Perda de massa óssea (osteoporose)
Os fatores que contribuem para a menopausa precoce incluem histórico familiar precoce, doenças autoimunes, tratamentos oncológicos, tabagismo, estresse específico e infecções virais .

Avanços no tratamento: esperança para quem enfrenta a menopausa precoce
Felizmente, novas abordagens médicas trazem esperança para mulheres grávidas com menopausa precoce. O tratamento varia de acordo com os sintomas e o desejo do paciente em manter a fertilidade.
Terapia de Reposição Hormonal (TRH) : ajuda a equilibrar os níveis hormonais, sintomas relaxantes e prevenindo complicações como osteoporose e doenças cardiovasculares. Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio : indicados para mulheres que não podem realizar TRH, esses ajudam a proteger a saúde óssea e cardiovascular.

Terapias naturais e estilo de vida saudável: uma alimentação balanceada, rica em cálcio, vitamina D e antioxidantes, associada à prática regular de exercícios físicos, auxilia no equilíbrio hormonal e na saúde geral. Tratamentos para fertilidade: mulheres que desejam engravidar podem recorrer à criopreservação de óvulos, tratamentos de reprodução assistida ou doação de óvulos.

A importância do acompanhamento médico
A Semana da Mulher reforça a necessidade de autocuidado e atenção à saúde feminina. O diagnóstico rápido da menopausa precoce pode minimizar impactos e possibilitar tratamentos eficazes.
Agende consultas regulares com seu ginecologista, faça exames hormonais e de imagem e mantenha hábitos saudáveis. O conhecimento sobre seu corpo é o primeiro passo para uma vida longa e com qualidade.

Menopausa precoce não é um ponto final
Apesar dos desafios, os avanços da ciência e o acesso a tratamentos adequados permitem que mulheres com menopausa precoce levem uma vida saudável, ativa e plena. A menopausa não precisa ser vista como um obstáculo, mas sim como uma nova fase de autoconhecimento e bem-estar.

Nesta Semana da Mulher, celebre a sua saúde, sua força e sua capacidade de se reinventar!