Terça-feira, 3 de dezembro de 2024 Login
O Brasil registra em média 6 mil afogamentos por ano. De acordo com o Ministério da Saúde, são 17 mortes por dia, sendo que três delas são de crianças. O afogamento é a segunda maior causa de morte em crianças de um a quatro anos de idade no país. É a sétima maior causa de hospitalização por motivos acidentais entre crianças com idade de zero a 14 anos. Uma verdadeira epidemia que se acentua com a chegada do verão.
Apesar de ser uma tragédia irreparável, a maioria dos afogamentos não podem ser considerados como acidentes, pois poderiam e deveriam ser evitados e prevenidos.
O afogamento normalmente ocorre em um breve momento em que a criança encontra-se sem supervisão. Bastam dois minutos submersa para a criança perder a consciência. Passados quatro minutos, danos irreversíveis ao cérebro podem ocorrer e até levar à morte.
A cabeça das crianças é mais pesada que o corpo. Até os cerca de quatro anos de idade, elas ainda não têm força suficiente para levantarem a cabeça sozinhas e nem mesmo capacidade de reagir rapidamente em uma situação de risco.
Por isso, em caso de queda ou desequilíbrio, crianças pequenas podem se afogar até mesmo em recipientes com apenas 2,5 cm de água.
Dicas de prevenção
Geral
• Nunca deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo. Nessas situações, garanta que um adulto estará as supervisionando de forma ativa e constante o tempo todo;
• Ensine as crianças que nadar sozinhas, sem ninguém por perto, é perigoso;
• O colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança, mas podem estourar ou virar a qualquer momento;
• Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número do atendimento de emergência sempre visível (SAMU: 192; Corpo de Bombeiros: 193);
• Muitos casos de afogamentos acontecem com pessoas que acham que sabem nadar. Não superestime a habilidade de crianças e adolescentes;
• Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também;
• Fique atento! Crianças pequenas podem se afogar em qualquer recipiente com mais de 2,5 cm de água ou outros líquidos, seja uma banheira, pia, vaso sanitário, balde, piscina, praia ou rio;
• Ensine as crianças a não correr, empurrar, pular em outras crianças ou simular que estão se afogando quando estiverem na piscina, lago, rio ou mar.
Piscina
• Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m de altura e portões com cadeados ou trava de segurança. Atenção! Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes;
• Evite deixar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água.
Águas naturais
• Tenha certeza que as crianças estão nadando em áreas seguras de rios, lagos, praias e represas;
• Ensine as crianças a respeitarem as placas de proibição nas praias, os guarda-vidas e a verificarem as condições das águas abertas.
Ambiente doméstico
• Depois do uso, mantenha vazios, virados para baixo e fora do alcance das crianças baldes, bacias, banheiras e piscinas infantis;
• Deixe a porta do banheiro e da lavanderia fechada ou trancada por fora e mantenha a tampa do vaso sanitário baixada (se possível, lacrada com um dispositivo de segurança);
• Mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos sempre trancados.
Com informações do site Criança Segura, Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático - Sobrasa e do Ministério da Saúde