Quinta-feira, 21 de novembro de 2024 Login
O Brasil registrou, só em 2020, mais de 115 mil casos de sífilis, doença que, em sua forma congênita, apresenta 40% de risco de mortalidade. Essas e outras informações sobre a doença está disponível na exposição Sífilis: História, Ciência, Arte, uma iniciativa da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A mostra já levou mais de 15 mil pessoas ao Centro Cultural do Paço Imperial, no Rio de Janeiro (RJ), e agora passa a receber visitas on-line.
O link para a mostra virtual leva o internauta a um site que permite tour detalhado pela exposição. Do clique em diante o visitante terá à disposição recursos multimídia, com imagens em alta resolução, para intensificar o ganho de informações a respeito da sífilis. A experiência on-line começa com a vista da fachada do Paço Imperial, edifício de arquitetura colonial com importância histórica, e segue com o acesso às salas da exposição, onde é possível saber sobre a doença e sobre os percussores da luta contra a sífilis no Brasil e no mundo, desde o Século XV até os tempos atuais.
Elogios
Pesquisa feita com turistas, moradores da cidade do Rio de Janeiro, estudantes e profissionais de saúde e da educação que estiveram presencialmente na exposição indica avaliação positiva. Os elogios são frequentes entre os registros deixados pelos visitantes. “Essa importante ação de educação em saúde, que agora está disponível em formato virtual, alcançará mais e mais pessoas e levará de forma instigante e educativa informação sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da sífilis”, destaca o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Arnaldo Medeiros.
O Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde é o responsável pela Exposição: Sífilis: História, Ciência, Arte. E o desenho da mostra tem a ver com parceria entre o Centro Cultural do Ministério da Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A curadoria emérita ficou a cargo do médico Mauro Romero Leal Passos, representante da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis e da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Latente
A sífilis é silenciosa e de caráter sistêmico, ou seja, afeta uma série de órgãos ou tecidos ou o corpo humano como um todo. A infecção pela bactéria Treponema pallidium pode ocorrer por meio do contato sexual, na gestação ou no parto. Na sua forma congênita, pode resultar em aborto, parto prematuro e pode causar retardo do desenvolvimento neuropsicomotor, lesões de pele e malformações no feto, com mortalidade em torno de 40%. O micro-organismo que causa a sífilis pode permanecer latente por décadas, sem a manifestação de sintomas.
Em 2020, o Brasil registrou 115 mil casos de sífilis adquirida, aquela contraída por meio do contato sexual. Desse total, 61.441 ocorrências foram em gestantes e 38,8% das notificações da forma adquirida ocorreram em indivíduos entre 20 e 29 anos – das gestantes que apresentaram a infecção pala Treponema pallidium, 56,4% estavam nessa faixa etária. No mesmo ano, foram 22.065 vítimas de sífilis congênita registradas no Brasil, com 186 óbitos. Quem contrai a doença pode apresentar diversas manifestações clínicas e diferentes estágios: sífilis primária, secundária, latente e terciária.
A manifestação inicial da sífilis é uma úlcera no local de entrada da bactéria, geralmente na região genital, que cura espontaneamente. As manifestações iniciais incluem erupções e manchas na pele das regiões do tronco, das mãos e dos pés; também placas e lesões em mucosas. Essa fase pode ser acompanhada por sintomas inespecíficos, como febre baixa, mal-estar e cefaleia. Sem tratamento, a doença pode evoluir para estágios mais graves, acometendo o sistema nervoso central e cardiovascular.
Com informações e imagens do Ministério da Saúde
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