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Veganismo: saúde alimentar, consciência ambiental e amor aos animais

Publicado em 01/11/2021 às 14:52 por Editoria Movimento Saúde

Dia 1º de novembro é celebrado o Dia Mundial de Veganismo. Antes de abordar o assunto, é importante entendermos qual a diferença entre vegetariano e vegano, que causa certa confusão.

Vegetariano - não consome nenhum alimento de origem animal ou seus derivados.

Vegano - proíbe tudo que cause algum dano aos bichinhos. Isso inclui cosméticos, roupas, produtos de higiene. Além disso, os veganos também lutam contra a exploração animal, seja em rodeios, zoológico, circo e caça.

Portanto, mais do que uma mudança alimentar, o veganismo é uma conscientização que reflete na mudança de comportamento das pessoas.

Número de adeptos não para de crescer

O número de adeptos não para de crescer, no Brasil e no mundo. Uma pesquisa encomendada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), em fevereiro deste ano revelou que já em 2018, 14% dos brasileiros se consideravam vegetarianos, e que a maioria da população do país já estava disposta a escolher mais produtos veganos. Isso representava naquele ano quase 30 milhões de brasileiros  adeptos da opção alimentar, o que inclui ovo-vegetariano, lacto-vegetariano, entre outras.

A pesquisa aponta ainda que cerca de 90% dos brasileiros buscam uma alimentação mais saudável e nutritiva nos produtos vegetais. Em todas as regiões brasileiras foi constatado que, independentemente da faixa etária, 46% das pessoas já deixam de comer carne, por vontade própria, pelo menos uma vez na semana.

O que acontece, segundo a SVB é que, além da parcela vegetariana da população, cresce muito rapidamente a parcela que procura reduzir o seu consumo de carnes e derivados. “Em um, dois, três ou vários dias por semana, os brasileiros têm optado por fazer refeições vegetarianas ou veganas”, informa o presidente da SVB, Ricardo Laurino.

Justificativas da opção

Qualidade de vida, consciência ambiental ou mesmo respeito aos animais são algumas das justificativas para a mudança de opção alimentar. “Um universo de 46% da população em geral faz parte dos milhões de adeptos da ‘Segunda Sem Carne’, campanha mundialmente conhecida pelo seu embaixador Paul McCartney, mas com maior repercussão no Brasil”, comenta o presidente .

Laurino explica que a proposta do movimento é convidar as pessoas a trocarem, pelo menos uma vez por semana, a proteína animal pela proteína vegetal e a SVB já ajudou a levá-la a refeitórios corporativos, escolas particulares e públicas, restaurantes e outras organizações.

Desde seu lançamento, em 2009, a organização já ajudou a servir mais de 300 milhões de refeições com fontes vegetais de proteína.

Adaptando-se ao mercado consumidor, a oferta de produtos veganos tem crescido em torno de 40% ao ano.

Transição alimentar

Especialistas em nutrição orientam que a transição para veganismo seja gradual. O ideal é começar tirando uma opção de carne ou escolher um dia para não comer carne, como sugere a campanha ‘Segunda sem Carne’, e aumentar conforme se sentir confortável. Nutricionistas concordam que a dieta vegetariana e vegana são nutricionalmente saudáveis e apropriadas nas diversas fases da vida – gestação, lactação, infância, adolescência, idade adulta e terceira idade. E também é indicada para atletas.

Estudos com adultos vegetarianos e veganos identificam múltiplos benefícios desse tipo de alimentação, como menor risco de obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes, por exemplo.

Dicas de substituição

Leite - O leite e seus derivados podem ser substituídos por seus equivalentes derivados da soja ou vegetal. Exemplo: leite de amêndoas.

Ovos - Os ovos podem ser trocados por diversos produtos, tudo depende da receita a ser preparada.

Exemplo: 1 colher (sopa) de semente linhaça + 3 colheres (sopa) de água ou 1 colher (sopa) de chia em grãos + 1/4 de xícara de água. É só misturar bem, deixar descansar por 15 minutos até que forme um gel e pronto.

Carne - As leguminosas, tofu, soja e frutos secos estão entre as opções de substituições mais comuns.

Importante

A mudança alimentar, no entanto, deve ser acompanhada por profissional, já que requer atenção especial a potenciais nutrientes críticos, como vitamina B12, vitamina D, ferro, cálcio, e ácidos graxos ômega-3. É importante consultar um nutricionista para prescrever uma dieta alimentar equilibrada. 

Com informações da Sociedade Vegetariana Brasileira

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