Sexta-feira, 22 de novembro de 2024 Login
Apesar de ser grave, o câncer de pulmão tem cura. Para tanto, o diagnóstico precoce é determinante. Nesse sentido, neste Agosto Branco – mês de prevenção contra o câncer de pulmão – as atenções estão voltadas para os chamados grupos de riscos, que são, prioritariamente os fumantes ativos ou passivos, mas também pessoas que apresentem sintomas.
“Um dos principais fatores para o diagnóstico precoce é a atenção aos sintomas da doença, que são tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, rouquidão, falta de ar, perda de peso e apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, cansaço ou fraqueza, alteração do ritmo habitual da tosse em fumantes, ou seja, crises em horários incomuns”, esclarece o médico cirurgião oncológico Dr. Erico Ferneda (CRM/PR 23470).
Diagnóstico e tratamento
Os tratamentos para a doença avançaram muito, se aos primeiros sinais a pessoa procurar auxílio médico para realização de exames diagnósticos, maiores serão as chances de sucesso do tratamento.
O exame mais utilizado pelos médicos para o diagnóstico precoce do câncer de pulmão é o Raio-X de Torax, complementado pela tomografia computadorizada de tórax. “Para o diagnóstico histopatológico (que é uma pequena amostra do tumor) podemos realizar a broncoscopia (endoscopia das vias respiratórias) e biopsia ou em casos selecionados, realizamos a biopsia guiada por tomografia”, explica o médico.
Após a confirmação da doença e identificação do estágio em que se encontra, a próxima fase é a escolha do tratamento adequado. Quando em estágio inicial, o tratamento indicado é a cirurgia, seguido ou não de quimioterapia/radioterapia.
“A cirurgia é o tratamento que proporciona melhores resultados e controle da doença. No entanto, apenas cerca de 20% dos casos são passíveis de tratamento cirúrgico, sendo que entre 80% a 90% deles a cirurgia não é possível devido ao estágio avançado da doença ou à condição clínica debilitada do paciente”, esclarece.
Percentual de cura
Dr. Erico destacou que as chances de cura, além de dependerem do diagnóstico precoce, também têm relação com as condições físicas do paciente. “As chances de cura em estágio inicial (doença localizada) são de 60%. Quando a doença é regional (além do tumor há comprometimento de linfonodos ou invasão de estruturas próximas), a sobrevida cai para 35%. Já em doença com metástase à distância (disseminadas), a sobrevida é de apenas 5%”.
CUIDADOS PARA QUEM TERMINOU O TRATAMENTO
As orientações para os pacientes com remissão completa da doença são: não fumar, evitar o tabagismo passivo, evitar contato com agentes químicos ou físicos nos ambientes de trabalho (asbesto, sílica, entre outros), acompanhamento médico, além, é claro, de praticar atividades físicas e ter uma alimentação rica e balanceada.
Foto: Hudson Fernando
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