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O principal alerta da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia é de que alergia não provoca febre

Foto: Divulgação

Diferença entre alergias, rinite e COVID-19

Publicado em 02/07/2020 às 15:56

Com a chegada do inverno, os alérgicos podem sentir um agravamento de seus sintomas, que incluem tosse, espirros, coriza, congestão nasal, coceiras no nariz, secura da garganta e falta de ar (dispneia).

Rinite, sinusite e asma são doenças comuns deste período do ano. Isso porque a baixa umidade do ar, a poluição e a variação climática favorecem o aparecimento de alergias respiratórias. O ar mais seco age como irritante das vias respiratórias, especialmente nas pessoas alérgica - que possuem as vias aéreas inflamadas, o que favorece o desenvolvimento de sintomas respiratórios.

No entanto, pelo fato de o inverno coincidir com a atual pandemia do novo coronavírus, alguns destes incômodos podem ser confundidos com os efeitos da COVID-19. Por isso, a atenção desses pacientes deve ser redobrada nesta época.

Os alérgicos devem ter cuidado extra durante a pandemia. É que, apesar de a rinite não ser fator de risco para a COVID-19, alguns sintomas podem confundir e preocupar ainda mais o paciente. Nesse sentido, o principal alerta da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) é que alergia não provoca febre.

Na infecção pelo novo coronavírus, os principais sintomas lembram uma gripe nos casos mais leves e moderados. Já nos quadros graves, cerca de 6% dos infectados, o paciente pode apresentar insuficiência pulmonar, choque séptico, falência de órgãos e risco de morte.

A COVID-19 apresenta como sintomas mais comuns:

  • Febre
  • Tosse seca
  • Dificuldade para respirar ou falta de ar
  • Coriza
  • Dor de garganta.

A rinite, por sua vez, exibe os seguintes sintomas:

  • Obstrução nasal
  • Coriza
  • Prurido (coceira)
  • Espirros.

Também pode acontecer do alérgico apresentar sangramento nasal, coceira nos olhos e lacrimejamento. Há ainda a possibilidade de desenvolver coceira no conduto auditivo externo, palato e garganta.

As gripes e resfriados, também muito frequentes nesta época do ano, apresentam sintomas muito parecidos com quadros de COVID-19 e merecem atenção para distingui-los e evitar idas ao hospital sem necessidade.

A gripe dura cerca de cinco dias e apresenta sintomas como:

  • Febre
  • Obstrução nasal
  • Dor muscular
  • Tosse
  • Dor de garganta
  • Dor de cabeça
  • Fadiga.

No caso de resfriados, os sintomas são mais leves que a gripe, com coriza, obstrução nasal, tosse e dor de garganta.

Quando ir ao médico?

A recomendação é que o paciente com rinite ou alergias que tiver sintomas leves permaneça em isolamento. Ele deve seguir as mesmas recomendações da população em geral e só procurar um hospital se apresentar os seguintes sinais de alarme:

  • Febre persistente por mais de 48 horas
  • Falta de ar
  • Esforço para respirar
  • Pele pálida ou azulada
  • Sonolência (em crianças)

É importante ainda que os alérgicos mantenham seus sintomas controlados, uma vez que o vírus SARS-CoV-2 é transmitido através de secreções expelidas e ataca as vias respiratórias. Isso significa que a coriza e os espirros podem aumentar o risco de contaminação.

Controle das alergias

Membros do projeto ARIA e da Academia Europeia de Asma, Alergia e Imunologia Clínica (EAACI) recomendam aos pacientes com rinite que sigam com o uso de corticosteróide tópico nasal, na dose prescrita pelo médico, mesmo caso sejam infectados pelo novo coronavírus.

Para os alérgicos, uma dica é manter o ambiente sempre bem umidificado para que não haja o ressecamento das vias aéreas e para que o muco funcione corretamente. Além disso, é importante lembrar de outras medidas preventivas contra o coronavírus, como:

Evitar locais fechados; Evitar aglomerações; Lavar as mãos com frequência; Higienizar as mãos com álcool em gel; Fazer o controle ambiental: evitar acúmulo de poeira e evitar contato com substâncias irritantes.

Como identificar os sintomas?

O Ministério da Saúde desenvolveu um material que pode auxiliar a população a identificar os sintomas de cada quadro clínico. Confira:

Fonte: Ministério da Saúde

 

Fonte: minhavida.com.br

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