Sábado, 23 de novembro de 2024 Login
A médica Maria Eugenia Noviski Gallo, do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, está em Umuarama ministrando uma capacitação sobre hanseníase para profissionais dos 21 municípios que integram a 12ª Regional de Saúde, nos dias 13, 14 e 15 de março. O curso, que acontece na sede da Regional, tem aulas práticas e teóricas, além de estudos de casos. Participam médicos, enfermeiros, dentistas, psicólogos e assistentes sociais que prestam atendimento em unidades básicas de saúde.
O diagnóstico e o tratamento da hanseníase necessitam do trabalho conjunto e integrado de uma equipe multiprofissional de saúde. “É um curso muito importante justamente por reunir esses profissionais que, trabalhando em conjunto, poderão atuar de forma mais rápida e eficiente no combate à doença”, disse a enfermeira Viviane Herrera, chefe da 12ª Regional de Saúde.
O curso “Capacitação para Atualização da Atenção Primária em Hanseníase” é realizado através da parceria do Ministério da Saúde, com a Secretaria de Saúde do Paraná – SESA e 12ª Regional de Saúde de Umuarama. Segundo a enfermeira Mara Lúcia Olmann, que organizou o curso, atualmente nos municípios da 12ª Regional, estão sendo tratados 23 casos de hanseníase.
“Todos os profissionais da Unidade Básica de Saúde de referência do paciente se envolvem no atendimento. Desde o diagnóstico, como identificando possíveis sintomas da doença durante outros atendimentos, como no tratamento, em que cada profissional atua em sua área específica. A hanseníase pode aprensetar diversas alterações, como no sistema motor, sendo necessário acompanhamento do fisioterapêuta, lesões na face, que irão demandar de tratamento odontolótico e até deformidades na pele, onde o atendimento psicológico é fundamental, inclusive na adesão ao tratamento”, explica Mara Lúcia.
A prevenção à hanseníase também é um dos focos do curso. A doença é transmitida exclusivamente através das vias aéreas e depois do contato prolongado com uma pessoa doente que não está sendo tratada. Daí a importância do dianóstico precoce e do início imediato do tratamento.
“Assim que começa a tomar a medicação, o doente não transmite mais a hanseníase”, afirma a profissional.
Vale frisar também que a doença não é transmitida em contatos breves com doentes que não estão sendo tratados e nem mesmo através do compartilhamento de objetos. “Correm risco somente as pessoas que convivem cotidianamente e se o hanseniano (como é chamado do doente de hanseníase), se ele não estiver sendo tratado”, frisa a efermeira Mara Lúcia.
A Dra. Maria Eugenia Nowiski Gallo, trouxe novidades nos protocolos e resultados do tratamento da doença. A apresentação de estudos de caso e a participação de pacientes tratados na área da 12ª Regional, trouxe experiências práticas aos participantes.
“Que vocês possam utilizar as experiências e novos conhecimentos aqui apresentados no dia a dia das Unidades de Saúde, na atenção integral ao paciente hanseniano até o fim do tratamento”, disse a médica aos profissionais.
SOBRE
Maria Eugenia Noviski Gallo - Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (1974) e doutorado em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz (1998). Atualmente é professora titular da Fundação Oswaldo Cruz , atuando principalmente nos seguintes temas: poliquimioterapia, hanseniase, hanseniase multibacilar, hanseniase paucibacilar e comprometimento glanglionar. Assessora do Programa Nacional de Controle da Hanseníase da Secetaria de Vigilancia em Saúde do Ministerio da Sa
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