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Hipertensão arterial em crianças

Publicado em 11/03/2018 às 13:33

A hipertensão entre a população infantil é uma realidade crescente: estatísticas da Sociedade Brasileira de Cardiologia revelam que cerca de 6% da população brasileira menor de 18 anos é afetada por essa condição, totalizando uma média de 5 milhões de crianças e adolescentes hipertensos.

Uma criança com episódios recorrentes de pressão arterial elevada está propensa a se tornar um adulto hipertenso, com predisposição a lesões orgânicas principalmente no coração, cérebro, rins e retinas. Recomenda-se que filhos de pais hipertensos adotem hábitos preventivos, visto que pressão alta pode ter origem hereditária.

CAUSAS E FATORES DE RISCO

O que leva uma criança a desenvolver hipertensão? As causas de um quadro de pressão alta em crianças podem ser distintas das causas do mesmo quadro em adultos.

  • Na primeira infância: do nascimento até os 6 anos de vida, a criança pode desenvolver pressão alta como manifestação secundária de outra patologia prévia – doenças de ordem cardíaca, pulmonar, endócrina ou renal são as causas mais comuns. Bebês prematuros ou que nasceram abaixo do peso esperado também demonstram predisposição ao quadro.
  • Infância e adolescência: dos 7 aos 18 anos, os fatores de risco se tornam mais similares às causas de hipertensão nos adultos. Consumo insuficiente de potássio e o excesso de sal são bons exemplos dos maus hábitos alimentares comuns entre a população infantil, que podem levar à hipertensão. Estilo de vida pouco saudável que leva ao sedentarismo, sobrepeso e obesidade também é recorrente entre crianças e jovens hipertensos.

SINTOMAS

Assim como nos adultos, a hipertensão infantil só manifesta sintomas quando o quadro já está em estágio avançado. Trata-se, portanto, de uma doença silenciosa, o que dificulta o diagnóstico em crianças.

Em estágio avançado, são sintomas de hipertensão falta de ar, palpitação, tonturas, zumbido no ouvido, dor de cabeça, cansaço, visão embaçada e sangramento nasal.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Não se pode diagnosticar uma criança como hipertensa diante de apenas um episódio de pressão alta – elevações ocasionais podem ser reflexo de nervosismo comum entre as crianças ao estar em ambiente hospitalar. Um diagnóstico pode ser emitido se três medições consecutivas (em diferentes ocasiões) assinalam valores elevados.

O tratamento para hipertensão em crianças está diretamente relacionado com o agente causador do quadro, que varia de criança para criança. Mudanças na dieta (com redução do consumo de sal) e a inserção de atividades físicas na rotina costumam ser suficientes para reverter a condição.

PREVENÇÃO

O primeiro passo na prevenção contra hipertensão em crianças é solicitar a medição da pressão arterial em todas as consultas de rotina após os três anos de idade – assim, qualquer irregularidade será percebida e avaliada. 

Incentivar um estilo de vida saudável e funcional entre todos os membros da família faz com que a criança perceba, por meio do exemplo, a importância de se preocupar com a própria saúde. Monitorar o ganho de peso, manter-se sempre dentro do peso ideal, praticar atividades físicas, consumir alimentos sem excesso de sal e gordura são alguns hábitos que garantem uma vida mais saudável, tanto para crianças quanto para adultos. 

 

Fonte: Agemed.com.br

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