Quarta-feira, 4 de dezembro de 2024 Login
O Dia Mundial da Aids, 1º de dezembro, traz uma reflexão fundamental sobre a trajetória da epidemia no Brasil, no Paraná e especialmente em Umuarama e região. É necessário registrar os avanços e buscar soluções para os desafios persistentes.
Desde a década de 1980, o país tem enfrentado a epidemia com políticas públicas, ampliando gradativamente campanhas de prevenção e tratamentos gratuitos. No entanto, a necessidade de intensificar as ações de prevenção e diagnóstico permanece crucial.
No Brasil, até junho de 2023, foram detectados 1.124.063 casos de aids. A taxa de detecção apresentou decréscimo de 20,8% em relação aos anos 80, passando de 21,6 em 2012 para 17,1 casos/100 mil habitantes em 2022.
Há 13 anos, Umuarama não tem nenhum caso de transmissão vertical de HIV/AIDS, que é quando a gestante transmite a doença para o bebê.
Uma grande conquista para o Município, que tem cerca de 350 pessoas vivendo com Aids, segundo a média anual. A Secretaria de Saúde, através do Ambulatório de Infectologia realiza um trabalho constante na prevenção e detecção precoce, com ações orientação, acompanhamento médico, psicológico e social aos pacientes.
Segundo o UNAIDS, em 2023 o número anual de infecções por HIV no mundo atingiu o menor patamar desde 1990.
Embora os dados específicos para 2024 ainda não estejam disponíveis, espera-se que essa tendência de redução continue. Para isso, as estratégias de prevenção e tratamento não podem parar. Ao contrário, é necessário intensificar cada vez mais até zerar a transmissão: meta da OMS e do Ministério da Saúde.
Casos não diagnosticados e adesão ao tratamento
No Brasil, apesar dos esforços significativos do Ministério da Saúde ao longo da história, estima-se que uma parcela significativa das pessoas que vivem com HIV desconheça seu status sorológico. Além disso, entre os diagnosticados, apenas 82% estão recebendo terapia antirretroviral.
A não adesão ou adesão parcial ao tratamento aumenta o risco de progressão para Aids, transmissão do vírus e desenvolvimento de cepas resistentes aos medicamentos.
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Tratamentos e perspectivas futuras
O tratamento antirretroviral evoluiu significativamente, aumentando a qualidade de vida dos pacientes. Pesquisas sobre vacinas e cura estão em andamento, mas ainda sem previsão de disponibilidade. A prevenção continua sendo a estratégia mais eficaz contra a propagação do HIV.
A importância da prevenção e do diagnóstico
Intensificar campanhas de prevenção é essencial para reduzir novos casos. Incentivar a realização de testes de diagnóstico permite o início precoce do tratamento, aumentando a eficácia e reduzindo a transmissão. O SUS oferece tratamento gratuito e eficaz, sendo fundamental que as pessoas conheçam e utilizem esses recursos.
No Dia Mundial da Aids, reforçamos a importância da conscientização, prevenção e tratamento para controlar a epidemia e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV.
Reportagem: Rosi Rodrigues - Jornalista
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