Sábado, 23 de novembro de 2024 Login
Escovar os dentes várias vezes por dia, balinhas de hortelã, chicletes, enxaguante ou spray bucal... Quando nada dá jeito no mau hálito, pode ser que o problema não esteja na boca e sim no aparelho gastrointestinal.
“O mau hálito, cientificamente chamado de halitose (alteração patológica do hálito), não é uma doença e sim um sinal indicativo de algum desequilíbrio no organismo”, explica o Especialista em Endoscopia e Cirurgia do Aparelho Digestivo e Gastroenterologista, Gilberto Carlos Lopes (CRM 18.956).
A halitose pode ter várias causas. Quando a origem não é bucal ou nasal: higiene oral deficiente, doença periodontal, cárie dentária, câncer bucal, faringite, sinusite, adenoides, entre outras, ou provocadas por maus hábitos como o fumo e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, a causa do problema pode estar no aparelho gastrointestinal.
Entre as causas mais comuns da halitose com origem no aparelho gastrointestinal, o médico destaca: gastrite, refluxo, estomatite, alterações intestinais, alterações hepáticas e câncer no estômago.
“No caso da gastrite, o estômago demora a esvaziar e é tomado por bactérias fedorantes, Quando o paciente sofre de refluxo, o cheiro desagradável é causado por resíduos que sobram depois que os alimentos do estômago voltam para boca”, diz.
De acordo com o especialista, a maioria dos pacientes com cirrose hepáticaapresentam halitose como sintoma. O fígado doente não faz a síntese das substâncias corretamente e, por deficiência, ocorre a liberação delas pelas vias aéreas provocando um mau hálito intenso”.
Outra doença grave que pode provocar halitose constante é o câncer de estômago. “De forma simplificada, podemos dizer que ocorre uma ‘putrefação’ do tecido canceroso, provocando um hálito necrótico. A intensidade varia de acordo com o grau da doença”, ressalta o especialista.
Doenças do aparelho digestivo podem provocar halitose, que é um sintoma de que algo não vai bem no organismo
Isolamento
A halitose pode interferir negativamente no relacionamento interpessoal. Por medo ou vergonha, os parceiros e amigos não falam para o paciente sobre o problema e acabam se afastando aos poucos.
Muitas vezes, quem sofre de halitose não sente o próprio mau cheiro da boca. “Não são raros os pacientes que chegam ao consultório com relatos de isolamento e até de rompimento de relacionamentos afetivos devido ao mau hálito. O ideal é que o parceiro, colegas de trabalho ou amigos próximos, comuniquem quando perceberem que o mau hálito é constante. Desta forma estarão ajudando o paciente a buscar tratamento”, destaca o médico.
Diagnóstico e tratamento
O primeiro passo é descobrir a origem do problema. No consultório, o gastroenterologista realiza o exame físico e investiga os hábitos do paciente.
“Maus hábitos alimentares, cigarro, excesso de bebidas alcoólicas, desidratação e o estresse favorecem o aparecimento de doenças gastrointestinais e consequentemente da halitose”, diz o médico.
Se for necessário, o especialista solicita exames laboratoriais e de imagem, como a endoscopia inferior ou superior, entre outros, para confirmar o diagnóstico.
Exames de imagem podem ser necessários para confirmar o diagnóstico
“O primeiro passo é fazer o diagnóstico correto para então tratar a causa do problema de forma individualizada. Eliminar fatores que possam estar provocando ou agravando o problema também faz parte do tratamento”, diz o especialista.
O médico Gilberto Carlos Lopes atende na Clínica Gastro Umuarama, que fica na Rua Jussara, 3518 (ao lado do Hospital São Paulo) - Fone: (44) 2031-0180 / 9915-0129 - Umuarama – PR.
Saiba mais: www.gastroumuarama.com.br
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