Domingo, 24 de novembro de 2024 Login
Moacir Schimitt será lembrando como um homem de coração imenso, que ajudava a todos sem distinção. Seu último gesto de solidariedade foi no Centro Cirúrgico do Hospital Cemil, onde teve o fígado retirado para doação, na madrugada desta segunda-feira (9). O pecuarista teve morte encefálica depois de sofrer dois acidentes vasculares cerebrais seguidos.
Mesmo aos 70 anos de idade, havia órgãos viáveis para doação. “Foi uma surpresa para a família quando fomos comunicados que ele poderia ser um doador. Os filhos, Moacir JR e Tayana não tiveram dúvidas. O Moacir sempre foi uma pessoa muito generosa e doação foi consentida imediatamente”, disse o irmão do doador, o médico Dr. Guilherme Schimitt.
Enquanto médicos e enfermeiros realizavam a cirurgia para a retirada do fígado em Umuarama, um homem de 58 anos foi preparado para receber a doação, no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, próximo a Curitiba.
Segundo a enfermeira Erika Covre, da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante – (CIHDOTT) do Hospital Cemil, idosos também podem doar órgãos.
“Não são todos os órgãos que podem ser doados por idosos. As córneas, por exemplo, só podem ser retiradas de doadores com menos de 70 anos. Mas quando o doador tem boa saúde, rins e fígado geralmente podem ser aproveitados”, disse. Ela relembrou que doar é um direito da família.
“Quando existe a possibilidade de doar, é nosso dever comunicar à família e proporcionar todos os meios para que vidas possam ser salvas”, destacou a enfermeira.
O procedimento para a retirada do órgão foi realizado pelos médicos Dr. José Sampaio (CRM 24905), do Hospital Angelina Caron e Dr. Rafael Sandri Hellú do Hospital Cemil e pelos enfermeiros Fabiano Mosconi e Israel Novaes, do Angelina Caron e Erika Covre e Tais Fantin da (CIHDOTT) do Hospital Cemil.
Um grande coração
Moacir Schimitt Nasceu em Ajuricaba (RS) e ainda criança veio para o Paraná com a mãe, que havia ficado viúva com dois filhos e à espera do terceiro. Viveram alguns anos em Maringá e depois em Palotina, onde conheceu e se casou com Josiane Cola, com quem teve dois filhos: Moacir Schimitt Júnior e Tayana Schimitt.
Há mais de 30 anos, Moacir se estabeleceu com a família em Iporã, onde é reconhecido com um cidadão exemplar. “Foi uma pessoa que sempre teve um coração bondoso. Trabalhador, honesto... foi um grande homem e será lembrado assim pela família e por todos os amigos que o amavam e admiravam”, disse o irmão.
A família fez um agradecimento especial a equipe do Hospital Cemil que trabalhou no atendimento a Moacir Schimitt. “Aos colegas médicos, aos enfermeiros, técnicos e todos que ajudaram ou prestaram sua solidariedade, nosso muito obrigado. Meu irmão cumpriu sua missão e de certo modo, ao ajudar alguém a viver mais e melhor, sabemos que ele está feliz”, ressaltou o Dr. Guilherme.
O pecuarista será velado na Câmara Municipal de Iporã e será sepultado no Cemitério Municipal.
CARDIOLOGIA
Dores na mandíbula e no braço podem indicar sinais de um pré-infarto; saiba como identificar
NOVIDADE
COMUNICAÇÃO PARA A SAÚDE
Informação que salva vidas: a importância da mídia em campanhas como o Novembro Azul