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Segundo a OMS, a máscara fica muito molhada e pesada, gerando dificuldade de respirar e aumentado as chances de proliferação de vírus e bactérias

Foto: Divulgação

OMS não recomenda o uso da máscara de proteção durante a prática esportiva

Publicado em 14/07/2020 às 10:30

Com a reabertura de academias e centros de treinamento em tempos de pandemia, atletas e praticantes estão tendo de se adaptar ao uso da máscara na prática esportiva.

Já sabemos da eficácia alegada pelas autoridades de saúde no uso da máscara, para evitar a disseminação em massa do COVID-19.

Queremos deixar bem claro que este texto foi escrito dia 08/06 e postado em uma página de maneira mais resumida, e dia 22/06 a OMS, em seu site oficial, se pronunciou falando a respeito do assunto. Segundo a OMS não é recomendado o uso do item de proteção em situações de prática esportiva, porque ele fica muito molhado e pesado, gerando dificuldade de respirar e aumentado as chances de proliferação de vírus e bactérias. A entidade sugere que o praticante se mantenha 1 metro de distância de outras pessoas.

Vamos falar dos efeitos do uso da máscara na prática desportiva, pelo fato de ter deixado muitas dúvidas em praticantes desde o início da pandemia.

Sendo assim, vamos trazer uma explicação fisiológica básica e esclarecer esta questão para nossos alunos, seguidores e público de maneira geral. 

O uso da máscara no treinamento trará alterações fisiológicas prejudiciais ao praticante, como o aumento da umidade no ar respirado, pelo fato da máscara reter a umidade e não a dispersar; com isso, nosso organismo aumenta a frequência respiratória, batimentos cardíacos, pressão arterial, de forma a aumentar muito o uso de oxigênio, em consequência do aumento de CO2. Como este é um potente estimulador do centro respiratório no cérebro, o praticante aumenta sua frequência respiratória, para eliminar o CO2, o qual tem dificuldade de ser eliminado pelo bloqueio da máscara, o que prejudica o rendimento da atividade.

Outro prejuízo é que a máscara apresenta uma resistência maior na respiração.

Esta resistência criada pela máscara aumenta a dificuldade de entrada de ar nos pulmões. Para tentar ventilar adequadamente os pulmões, nosso organismo solicita um trabalho extra de músculos respiratórios; isso também irá levar a uma fadiga precoce da sessão de treinamento.

Concluímos que do ponto de vista da Fisiologia do Exercício o uso de máscara limita a intensidade do exercício, pelo fato de gerar dificuldade na respiração, diminuindo a intensidade de treino e prejudicando os próprios efeitos do treinamento. Porém, não impede a prática, e sim suas intensidades devem ser readequadas.

Sabemos que toda demanda gera a criação de novas linhas de produção, levando a inovação; com isso, hoje temos uma oferta gigantesca em curto espaço de tempo, com vários tipos de máscaras com os materiais mais variados e vendendo a promessa de não atrapalhar na prática esportiva e continuar com a eficiência de proteção viral.  Independente do material da máscara e de sua anatomia, todas as alterações fisiológicas em nosso organismo acontecerão; a tecnologia da máscara poderá atenuá-las, mas não as inibirá.

Existem algumas associações que aconselham a troca de máscara a cada 20min ou 30min, dependendo da atividade e sua intensidade.

Em resumo, nesta pandemia não temos um denominador comum, então:

Use máscara e pratique muita atividade física. Sempre procure um Profissional de Educação Física graduado, credenciado e capacitado para lhe orientar.

Conte: Work&Care

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