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A eliminação dessa doença das Américas ocorreu por causa da vacina tríplice viral, que como também previne contra o sarampo e a caxumba.
Foto: Divulgação
A rubéola é uma doença transmissível grave com consequências para qualquer infectado, mas especialmente para grávidas. A chamada Síndrome da Rubéola Congênita provoca inúmeras complicações para o feto, como surdez, problema de visão e até aborto.
Em 2015, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da rubéola. Isso ocorreu por causa adesão da população à vacina tríplice viral, que previne não só a rubéola, mas também o sarampo e a caxumba. Mas, o fato dessa e outras doenças terem desaparecido do Brasil fez com que os brasileiros se descuidassem e deixassem de se vacinar. Isso representa o perigo de retorno da rubéola ao país, assim como ocorreu com o sarampo.
A tríplice viral faz parte do Calendário Nacional de Vacinação desde 1992 e a cada ano o Ministério da Saúde avançava com a cobertura vacinal. Em 2006, no entanto, 19 estados brasileiros apresentaram surto da doença, com quase 7 mil casos confirmados. Os homens foram os mais atingidos.
Eliminação da rubéola
Esse episódio teve reflexo no sucesso da Campanha de Vacinação para Eliminação da Rubéola em homens e mulheres de 20 a 39 anos, em 2008, alcançando 97% do público-alvo. Depois disso, a transmissão do vírus foi interrompida e o Brasil ganhou, em 2015, o documento da verificação da eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita.
“As estratégias de vacinação implementadas contra outra doença, o sarampo, desde 1992, impactaram positivamente na redução da ocorrência de casos da rubéola”, explica a coordenadora-substituta do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, Ana Goretti. Ela também esclarece porque o governo tem feito constantes apelos à população para que as pessoas se vacinem. “Dados parciais de 2018 mostram que a cobertura vacinal da primeira dose da vacina tríplice viral em crianças de um ano de idade é de 84,01%. E a meta de cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%”, alerta.
Proteção somente pela vacina
Somente a vacinação protege a população contra a rubéola. “Para evitar que esta doença já eliminada volte a ocorrer e provocar danos irreversíveis, principalmente em crianças, precisamos nos vacinar”, ressalta Ana Goretti. Ela destaca ainda que não é preciso esperar por campanhas, pois a imunização ocorre o ano inteiro. Basta que se procure um posto de vacinação com a caderneta de vacinação, para avaliação do profissional de saúde.
Além da vacina tríplice viral, outra vacina presente no Calendário Nacional de Vacinação (LINK AQUI), a tetraviral, pode ser aplicada para imunização contra a rubéola. O esquema vacinal é o seguinte: crianças de 12 meses até 4 anos recebem uma dose da tríplice viral aos 12 meses e depois uma de tetraviral aos 15 meses. Pessoas de 5 a 29 anos recebem duas doses de tríplice viral. E pessoas de 30 a 49 anos recebem penas uma dose, também da tríplice.
Mais sobre a rubéola
A rubéola é transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus e é altamente contagiosa. A transmissão ocorre por meio das secreções do nariz expelida pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar. O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
A pessoa infectada pela rubéola apresenta febre, alteração no tamanho e na consistência dos linfonodos, manchas vermelhas pelo corpo (que começam na região das orelhas), dores de cabeça e no corpo e dor ao engolir. Estes sintomas são parecidos com os da dengue e do sarampo. Por isso é preciso estar atento.
Não há tratamento específico contra a rubéola. Mas, o paciente precisa ser acompanhado por profissionais de saúde.
O último caso confirmado de rubéola em um brasileiro foi registrado em 2008 e de Síndrome da Rubéola Congênita, em 2009. Desde então, o Brasil registrou apenas um caso de rubéola importado, que é quando o doente é um viajante, e foi identificado no Brasil, em 2014.
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