Quinta-feira, 21 de novembro de 2024 Login
O crescimento do número de casos de dengue em Umuarama aumentou bastante o trabalho dos agentes de combate a endemias (ACE), que fazem parte do Serviço de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde. A jornada começa bem cedinho – por volta das 6h da manhã – e se estende até depois das 18h, envolvendo bloqueio larvário e dedetização nos locais onde há confirmação de casos. É um esforço de guerra que necessita da ajuda da população. O último boletim, divulgado no sábado (29), informou 576 casos. confirmados e 1.283 notificados.
Nesta segunda-feira (2), a Prefeitura realiza mutirões de limpeza nos bairros Jaboticabeiras e Nova Esperança, onde há grande número de casos. O secretário municipal da Saúde, Herison Cleik da Silva Lima faz um alerta: "A situação se agravou com muita rapidez, devido às condições climáticas (calor e chuva) e também à falta de cuidado da população com os seus quintais. É necessário o esforço de todos para conter a infestação do mosquito transmissor da dengue e, desta forma, reduzirmos o avanço dos casos”, disse o secretário.
A coordenadora da Vigilância em Saúde Ambiental, Renata Luzia Ferreira, explica que com o aumento do surto – que já atinge as regiões de cinco unidades de saúde da cidade onde vivem 31 mil habitantes (Centro de Saúde Escola, Panorama, Posto Central, Guarani/Anchieta e Jardim Cruzeiro) – os agentes de combate à dengue estão trabalhando no entorno de todas as residências onde surgem casos positivos.
“Quando recebemos a confirmação de cada caso, uma equipe se desloca à residência do paciente para o bloqueio larvário – uma visita de casa a casa para eliminar criadouros do mosquito num raio de 300 metros em torno da moradia do infectado”, explica Renata. Em seguida, outra equipe aplica inseticida com bomba costal para eliminar o mosquito adulto (alado) e evitar que outras pessoas sejam contaminadas.
Em cada caso positivo, o trabalho envolve bloqueio larvário para eliminar criadouros e o bloqueio químico para eliminar os mosquitos, “e esse trabalho tem que ser realizado duas horas antes do sol nascer e duas horas antes do pôr do sol, conforme as normas das autoridades sanitárias para maior efetividade do inseticida”, completa o secretário Herison Lima.
Na última atualização, além das cinco regiões em surto de dengue outras 10 UBS e a zona rural estavam em situação de alerta com o crescimento no número de casos.