Sábado, 23 de novembro de 2024 Login
Durante todo o mês de abril, o Ministério da Saúde promove uma campanha que tem a finalidade de estimular a participação consciente de pacientes e usuários do sistema de saúde em relação à sua própria segurança. Neste ano, o tema é “Valor do Autocuidado para a Segurança do Paciente”, iniciativa desenvolvida para orientar e melhorar as práticas em assistência e o autocuidado para o uso seguro de medicamentos.
Para o diretor do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência, Brunno Carrijo, “a segurança do paciente é uma estratégia essencial”. Ele contou que um dos objetivos este ano é sensibilizar os profissionais de saúde e os próprios pacientes para a temática. Carrijo destaca ainda o papel das equipes nos processos de qualificação do cuidado como um aspecto central do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).
“Identificação do paciente, comunicação efetiva entre os profissionais de saúde, uso seguro de medicamentos, cirurgia segura, higienização das mãos, prevenção de lesão por úlcera de pressão e prevenção do risco de quedas são algumas das ações consideradas estratégicas para a minimização de eventos adversos evitáveis na assistência à saúde dos pacientes”, elenca o diretor.
Entre as ações propostas pelo programa estão:
• Reduzir fatores de risco pessoais (atividade física/alimentação/bem-estar);
• Autogerenciamento de sua saúde e tratamento (adesão às terapias e uso correto de medicamentos);
• Busca de respostas em casos de dúvidas ou dos efeitos das terapias;
• Observação de efeitos adversos ou sintomas com uso dos medicamentos;
• Busca de orientações em fontes técnicas (profissionais de saúde, bulas e serviços de referência).
Autocuidado
Segundo a OMS, o autocuidado é a capacidade de indivíduos, famílias e comunidades de promover sua própria saúde, prevenir doenças, manter a saúde e lidar com doenças e deficiências com ou sem o apoio de um profissional de saúde.
A entidade reconhece os indivíduos como agentes ativos na gestão dos próprios cuidados de saúde em áreas como a promoção da saúde, prevenção e controle de doenças, autocuidado, prestação de cuidados a pessoas dependentes e reabilitação, incluindo cuidados paliativos.
Riscos da automedicação
Segundo pesquisa realizada em 2018, pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), 79% das pessoas com mais de 16 anos admitem tomar medicamentos sem prescrição médica ou farmacêutica.
Entre os sintomas que levam as pessoas a tomar remédios por conta própria estão: dor de cabeça, febre, resfriado, congestão nasal, alergia, tosse, dor de barriga, dor no estômago, dores musculares e cólica abdominal.
Já entre os medicamentos mais consumidos por conta própria pelos brasileiros destacam-se: analgésicos, anti-inflamatórios, relaxante muscular, antitérmicos, descongestionante nasal, expectorante, antiácido e antibióticos.
Cabe ressaltar que nem todas as doenças exigem o uso de medicamentos, porque alguns problemas são de curta duração e podem desaparecer mesmo sem o uso de medicamentos. Há ainda medidas que podem auxiliar na cura de doenças, tais como dietas, repouso, exercícios, entre outras, mas somente um profissional de saúde habilitado pode orientar corretamente a respeito do tratamento das doenças.
De qualquer forma, exige a consciência e adesão da pessoa para ter o efeito esperado na saúde. Ainda assim, qualquer que seja a doença, de longa duração ou passageira, o tratamento deve ser bem entendido pelo paciente, seu familiar ou cuidador e seguido com rigor até o final, ingerido de acordo com a receita e as orientações recebidas, no horário correto, como é o caso de antibióticos.
Redução de danos
Instituído por meio da Portaria nº 529 de 1º de abril de 2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), foi criado para contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional.
A segurança do paciente é a área da ciência que promove a redução dos riscos de danos desnecessários associados à assistência em saúde. A iniciativa é focada no compartilhamento de informações de qualidade com os outros responsáveis pelo cuidado, como os profissionais de saúde.
Fonte: Ministério da Saúde
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