Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 Login
Dengue também mata. Talvez pelo fato de os números não serem tão impactantes como os da Covid-19, as atenções da população não se voltem com a mesma preocupação. Mas, se acordo com o Informe semanal da dengue, divulgado nesta terça-feira (20) pela Secretaria de Estado da Saúde, o período epidemiológico, que teve início em agosto do ano passado, soma 27.170 casos confirmados (mais do que os casos confirmados de Covid na cidade, que está em 15.225, desde o início da pandemia) e 32 óbitos.
A publicação da última semana epidemiológica registrou 498 novos casos da doença e apontou que 289 municípios têm casos confirmados, atingindo as 22 Regionais de Saúde.
Ainda de acordo com o balanço, 17 municípios apresentam casos de dengue grave e 41 apresentam casos de dengue com sinais de alarme. O Informe registra 91.280 notificações no período, 855 a mais que na semana anterior. presentes em 361 municípios paranaenses.
“Os números confirmam que o vírus da dengue continua circulando no Paraná e afetando muitas pessoas. Nosso alerta constante ressalta a principal forma de prevenção da dengue que é a eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, evitando pontos que acumulem água nos quintais e nos ambientes internos dos domicílios”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
UMUARAMA
Em Umuarama, no Informe Técnico desta segunda-feira (19), foram confirmados três casos na cidade, além de mais dois casos que estão em investigação. As regiões com mais notificações de incidência da dengue são as do Guarani (22), Central e Panorama (14), 26 de Junho (10), Jardim Lisboa (9), Jardim Cruzeiro e Cidade Alta (7). Por outro lado, as regiões com menor incidência de dengue são Jabuticabeiras e Bem Estar (2), São Cristóvão e Área Rural (3), Serra dos Dourados, Lovat, Sonho Meu, Primeiro de Maio e Parque Industrial (4).
As regiões que estão em estado de alerta com relação à incidência de focos do mosquito Aedes aegypti são Primeiro de Maio, Jardim Lisboa, Anchieta, Guarani, Jardim Cruzeiro, Posto Central, 26 de Junho, Jardim União, Panorama, Sonho Meu e Parque Industrial. Já as regiões com baixa incidência de focos são Jabuticabeiras, Vitória Régia, San Remo, Ouro Branco, Bem Estar, Centro de Saúde Escola (Unipar sede), Cidade Alta e São Cristóvão.
AVALIAÇÃO DAS AÇÕES
Técnicos das 22 Regionais de Saúde promovem nesta semana, junto a todos os municípios, o monitoramento do Programa Municipal de Controle da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus de forma a avaliar as ações realizadas na prevenção de ocorrência de casos e epidemias.
“Preliminarmente, acreditamos que a pandemia pode afetar o registro de dados sobre a dengue, com diminuição de casos. O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde avalia que esta diminuição pode ser consequência do receio da população em procurar atendimento em uma unidade de saúde, levando a uma possível subnotificação ou atraso nas notificações das arboviroses”, disse a chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, Emanuelle Gemin Pouzato.
Segundo ela, surtos ou epidemias de dengue acontecem de forma cíclica com anos de maior ou menor ocorrência de número de casos devido a múltiplos fatores envolvendo questões climáticas, atividades de campo relacionadas a eliminação de criadouros e mobilização da população.
“Apesar de estarmos em período de estiagem e diminuição das temperaturas, 120 municípios apresentaram Índice de Infestação Predial acima de 1%, classificando em situação de alerta ou risco para ocorrência de epidemias considerando a densidade vetorial”, afirmou Emanuelle.
Com informações e fotos: AEN/PMU
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