Sábado, 9 de novembro de 2024 Login
Enquanto desenvolve um projeto acadêmico na Flórida, Estados Unidos, o professor Marcelo Marques, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), vive de perto a experiência da passagem do Furacão Milton, classificado como categoria 5, a mais intensa e destrutiva na escala de furacões. A tempestade que se formou no Golfo do México gerou apreensão na região onde ele e sua família estavam hospedados. Eles chegaram a se preparar para uma possível evacuação. Apesar das incertezas iniciais, a trajetória do furacão mudou, aliviando a necessidade de deslocamento para Orlando, que fica mais ao Norte.
Marcelo Marques, doutor em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambientais pela Universidade Federal do Paraná e especialista em tecnologias ambientais, está na Flórida para realizar a modelagem computacional do Lago Apopka, um projeto científico de grande relevância. Sua esposa, a médica Márcia Marques, e os filhos o acompanham na viagem. Ao se depararem com a chegada iminente do furacão, veem uma oportunidade única de observar, em tempo real, a eficiência dos sistemas de previsão e planejamento que os Estados Unidos têm à disposição para lidar com características naturais de grande impacto.
Segundo o professor, as imagens e vídeos de desastres circulando nas redes sociais e na televisão muitas vezes não refletem a realidade atual, gerando pânico entre as pessoas. Ele observa que a preparação e os sistemas de monitoramento dos EUA são altamente eficientes, minimizando os danos e protegendo a população de forma eficaz. A experiência proporcionou uma visão detalhada dos benefícios que a tecnologia de previsão pode trazer para a segurança dos cidadãos, especialmente em situações extremas.
Marcelo Marques, que embarca no próximo final de semana para o Peru, onde participará de um evento na Universidade Católica de Santa Maria em Arequipa sobre a aplicação de inteligência artificial em sistemas de previsão, acredita que a tecnologia pode ser usada de forma prática e acessível em outras regiões, inclusive no Brasil.
Refletindo sobre a realidade de Umuarama, o professor aponta que, apesar de uma cidade não enfrentar desastres naturais extremos, poderia se beneficiar de sistemas simples de previsão para melhorar a vida da população. Entre as sugestões do professor estão a sincronização de sinais de trânsito, mapeamento de eventos climáticos, e a criação de zonas de risco e mapeamento de poluição sonora. Essas medidas, segundo ele, podem ser inovadoras com o apoio das universidades locais em parceria com a gestão do prefeito eleito prefeito Fernando Scanavaca.
Ele destaca que Umuarama e outras cidades da região têm o potencial de evolução em termos de planejamento urbano e segurança, utilizando inteligência direcionada e tecnologias disponíveis.
Para Marcelo Marques, cada experiência é uma oportunidade de aprendizado e um estímulo para aplicar soluções práticas em sua cidade. Assista ao vídeo completo para conhecer mais detalhes sobre as observações do professor e sua experiência na Flórida, diante do Furacão Milton.
Confira o depoimento do professor Marcelo Marques