Quinta-feira, 21 de novembro de 2024 Login
Já parou para pensar no conceito de alimentação saudável? Muita gente pode acabar associando o termo a alimentos “especiais”, mais caros, raros e pouco acessíveis. Mas a resposta para essa pergunta pode ser bem mais simples do que você imagina.
Estamos falando da comida de verdade. Um conceito já bem conhecido por quem acompanha o Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde. De acordo com a publicação, a regra de ouro para comer de forma saudável é basear a alimentação em alimentos in natura ou minimamente processados.
Segundo a Dra. Elisabetta Recine, nutricionista, docente e coordenadora do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição da Universidade de Brasília (UnB), a comida de verdade nada mais é do que a tradução popular da alimentação adequada e saudável.
O Guia Alimentar do Ministério da Saúde destaca que o consumo de arroz, feijão, milho, mandioca, batata e de vários tipos de legumes, verduras e frutas tem como consequência natural o estímulo da agricultura familiar e da economia local. Isso favorece as formas solidárias de viver, produzir e contribuir para a promoção da biodiversidade, além de colaborar para reduzir o impacto ambiental da produção e distribuição dos alimentos.
É importante lembrar que é por meio das iniciativas dos produtores locais que muitas pessoas têm acesso aos alimentos para se colocar na mesa. A nutricionista ressalta ainda o papel desses produtores durante a pandemia, que tem sido fundamental para garantir o abastecimento de alimentos saudáveis para as populações que estão hoje em quarentena.
Para Elisabetta Recine, a comida de verdade é a expressão do trabalho que os agricultores fazem diariamente no campo brasileiro: o de produzir alimentos saudáveis, que geram riqueza para suas comunidades e para o país.
A comida de verdade durante a pandemia
Existem inúmeras evidências que reforçam a importância do consumo de alimentos frescos, como hortaliças, grãos e frutas, como forma de proteção da saúde para um conjunto de doenças e de fortalecimento do sistema imunológico. Sendo fundamental não só para esse momento da pandemia, mas também para qualquer etapa da vida.
A nutricionista reforça ainda que quanto mais o nosso organismo estiver sadio, melhores serão as condições para enfrentar uma possível contaminação.
Outro ponto importante a ser destacado é o papel que a alimentação exerce no contexto social. Muito mais que um ato de saciar a fome, fazer a refeição é também um momento de compartilhamento. Principalmente no contexto da pandemia, sentar-se à mesa na companhia de outras pessoas pode ser um instante de lazer, de socialização, de cumplicidade.
“É importante a gente olhar a alimentação como um fator que vai além do que ela nos proporciona em questão de nutrientes que fazem bem a saúde, mas também como um elemento agregador e de diversificação das formas como as pessoas se relacionam dentro de casa”, encerra Elisabetta.
Para muitas pessoas, o consumo de alimentos frescos já é um desafio em um contexto normal, mas agora se tornou maior ainda. Se você está com dificuldade de garantir seu acesso a alimentos frescos ou conhece alguém nessa situação, aqui vão algumas dicas:
Fonte: Ministério da Saúde
Foto: divulgação
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