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OMS recomenda dois novos medicamentos para tratamento de Covid-19

Publicado em 17/01/2022 às 10:13 por Editoria Movimento Saúde

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou as orientações sobre medicamentos recomendados para o tratamento de pacientes com a Covid-19.

Baricitinibe atua no controle da inflamação

 

Os efeitos da Covid-19 no corpo podem ser divididos em duas fases. A primeira consiste na fase viral, que reúne sintomas comuns de outras viroses, como dor no corpo, dor de cabeça, coriza, mal estar e febre.

Conforme a doença avança, por volta do sétimo dia da infecção, tem início a fase inflamatória. Embora a inflamação seja um mecanismo natural do organismo, quando exacerbada, ela pode levar ao agravamento dos quadros clínicos.

O medicamento baricitinibe, utilizado no tratamento de artrite, é conhecido justamente pela capacidade de regular o processo de inflamação do organismo. O fármaco conta com um mecanismo de inibição de enzimas chamadas Janus quinase, que contam com diferentes funções biológicas, incluindo a ativação da inflamação nas células do sistema imunológico.

De acordo com a OMS, evidências científicas sobre a utilização do baricitinibe em associação com outros recursos, como corticoides, apontam que o medicamento pode contribuir para controlar a inflamação, reverter quadros graves da doença e reduzir a necessidade de ventilação, sem aumento observado nos efeitos adversos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a indicação do baricitinibe para o tratamento de pacientes internados com Covid-19 no dia 17 de setembro.

O baricitinibe tem efeitos semelhantes a outros medicamentos para artrite chamados inibidores da interleucina-6 (IL-6). No documento, a OMS desaconselha o uso de outros dois medicamentos (ruxolitinibe e tofacitinibe) para pacientes com Covid-19 grave ou crítica, devido à pouca evidência sobre o benefício dos fármacos para a doença.

Anticorpo monoclonal sotrovimabe

Na mesma atualização da diretriz, a OMS também faz uma recomendação condicional para o uso do anticorpo monoclonal sotrovimabe em pacientes com Covid-19 que não apresentam quadros graves. O uso é indicado apenas para pessoas com maior risco de hospitalização, uma vez que foram encontrados poucos benefícios para pacientes de menor risco.

O anticorpo monoclonal imita a capacidade do sistema imunológico de combater o novo coronavírus. O fármaco, que atua contra a proteína Spike do SARS-CoV-2, é projetado para bloquear a ligação do vírus com a entrada nas células humanas.

A Anvisa aprovou o uso emergencial do sotrovimabe no dia 9 de setembro. O medicamento é de uso restrito a hospitais e não pode ser vendido em farmácias e drogarias. A dose recomendada é uma dose única de 500 mg, administrada por infusão intravenosa.

A OMS também realizou uma recomendação semelhante para a associação de dois anticorpos monoclonais (casirivimabe e imdevimabe). Os especialistas observam que não havia dados suficientes para recomendar um tratamento com anticorpos monoclonais em detrimento de outro e apontaram que a eficácia contra novas variantes do coronavírus, como a Ômicron ainda é incerta.

Recomendações consideram evidências científicas

As recomendações foram baseadas em novas evidências de sete ensaios envolvendo mais de 4 mil pacientes com Covid-19 em diferentes quadros clínicos, incluindo não grave, grave e crítica.

Fonte: CNN Brasil

 

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