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Vacina contra Covid para crianças e adolescentes no centro dos debates

Publicado em 20/09/2021 às 15:49 por Editoria Movimento Saúde

A vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 está no centro dos debates em todo o mundo. E no Brasil não é diferente. 
A Pfizer é o único imunizante disponibilizado no país, autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para ser aplicada em jovens de 12 a 17 anos. Especialistas também recomendam. Apesar disso, o Ministério da Saúde desaconselhou e pediu para rever essa orientação, dividindo opiniões entre estados e municípios. 
De acordo com a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai, “os adolescentes são o grupo com maior incidência de comorbidades, então são mais acometidos pela covid-19". A médica disse ainda que as mortes por covid-19 entre os menores de 18 anos se concentram, principalmente, em adolescentes e bebês com menos de um ano.
No Brasil, relatos do mês de julho informam que, desde o começo da pandemia, a doença já havia matado 2.500 jovens entre 10 e 19 anos. Somente em 2021, foram mais de 1.500 vítimas nesta faixa etária. 

Nos últimos dias, a morte de uma adolescente de 16 anos, sete dias depois de ter sido vacinada contra covid-19, em São Bernardo do Campo (SP), reascendeu o debate. Na sexta-feira (17) a Secretaria de Estado da Saúde informou que as análises técnicas indicaram que “não é a vacina a causa provável do óbito”. A causa provável teria sido uma doença autoimune, denominada "Púrpura Trombótica Trombocitopênica" (PTT). A mãe da adolescente afirma, no entanto, que a filha  nunca teve doença autoimune. 

Resposta imune robusta
Na contramão da polêmica, a Pfizer e a BioNTech anunciaram, nesta segunda-feira (20), que a vacina contra covid-19 que desenvolveram em parceria induz uma resposta imune robusta em crianças de entre 5 e 11 anos de idade, em seu ensaio clínico de fases 2 e 3, e os resultados se equivalem ao que observaram anteriormente entre pessoas de 16 a 25 anos. 
O perfil de segurança também foi, em geral, comparável ao da faixa etária mais elevada. Diante disso, os laboratórios planejam pedir autorização para que a vacina seja aplicada nessa faixa etária às autoridades dos Estados Unidos (EUA), da Europa e de outros locais o mais rápido possível.
Em comunicado à imprensa, o presidente executivo da Pfizer nos EUA, Albert Bourla, admite que os casos pediátricos aumentaram, mas exatamente por isso, vê indicação da necessidade da vacinação em crianças e adolescentes.  "Desde julho, casos pediátricos de covid-19 aumentaram em cerca de 240% nos Estados Unidos, enfatizando a necessidade de saúde pública de vacinação", disse. 

Variante Delta
As internações e mortes por covid entre crianças está em alta nos Estados Unidos, nos últimos meses, devido à variante Delta do novo coronavírus, considerada altamente contagiosa. Especialistas americanos afirmam que isso está ocorrendo porque crianças com menos de 12 anos não estão sendo vacinada. Paralelamente, não há nenhuma indicação de que, além de ser mais transmissível, a Delta seja mais perigosa para crianças.
No ensaio clínico da Pfizer e BioNTech, as crianças entre 5 e 11 anos receberam uma dose de 10 microgramas da vacina, um terço da dose dada a pessoas com mais de 12 anos. A expectativa das empresas é de ter dados sobre como a vacina atua em crianças entre 2 e 5 anos e em bebês de 6 meses a 2 anos até o quarto trimestre deste ano.  

Com Informações da Agência Brasil

Foto: Getty Images/Olhar digital

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