Sábado, 9 de novembro de 2024 Login
O Ministério da Saúde lançou a Pesquisa de Prevalência de Infecção por Covid-19 no Brasil (PrevCOV), que vai identificar o perfil de infecção pelo novo coronavírus utilizando a mesma amostra populacional da Pnad Covid-19, desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Pnad Covid-19 foi realizada para identificar a presença de anticorpos contra a doença na população brasileira. Já a PrevCOV tem como objetivo entender o comportamento da Covid-19 no país e os fatores determinantes para sua propagação, como características socioeconômicas, demográficas e epidemiológicas dos participantes voluntários.
“Vamos ampliar a nossa campanha de vacinação, vamos conhecer as características da prevalência da infecção da Covid-19 no Brasil através de uma iniciativa como o PrevCOV, que é um arrojado estudo epidemiológico que trará respostas fundamentais para que possamos acertar o alvo certo”, explicou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A pesquisa terá com a adesão de 211.129 brasileiros, em mais de 62 mil domicílios de 274 municípios a partir de 1º de junho, que serão testados para identificar a presença de anticorpos do tipo IgG para a doença, apontando quem já foi contaminado ou desenvolveu imunidade após a vacinação.
A previsão é que o estudo comece em 1º de junho e seja concluído em setembro. De acordo com o ministério, essa é uma das maiores pesquisas de prevalência da infecção por Covid-19 já feita no mundo até o momento. O teste de anticorpos indica se a pessoa foi contaminada ou vacinada anteriormente e desenvolveu imunidade para a doença.
O estudo de soroprevalência vai mostrar qual o comportamento do vírus causador da Covid-19 no país, como e em quais estados e capitais a infecção tem sido mais intensa. Os resultados dos exames servirão como uma amostragem para a pesquisa, indicando o cenário epidemiológico em todas as regiões brasileiras.
A PrevCOV também ajudará o Ministério da Saúde a acompanhar os dados de imunização, indicando quem já tomou a primeira e a segunda dose das vacinas que estão sendo aplicadas em território nacional.
A meta é conseguir observar as características socioeconômicas e epidemiológicas dos pesquisados, assim como o cálculo da letalidade da Covid-19, fornecendo subsídios para traçar as melhores estratégias com base no comportamento para o enfrentamento da pandemia.
Como vai funcionar a pesquisa
A pesquisa será realizada com pessoas selecionadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid-19), produzida pelo IBGE. Os dados sobre a identificação dos participantes ficarão em sigilo.
As pessoas serão contatadas por ligação telefônica, com reforço por mensagem de texto ou WhatsApp. Esse contato telefônico vai confirmar alguns dados do participante, além de confirmar quantos e quais moradores daquela residência aceitam participar do estudo. Os menores de 18 anos precisam ter a autorização de pais ou responsáveis.
Depois da confirmação dos dados, o agendamento para coleta de sangue é realizado de acordo com o dia e horário definido pelo participante. Os técnicos estarão uniformizados com crachá de identificação, camiseta e boné com a marca da campanha para realizarem as coletas nas residências dos voluntários.
Os participantes terão acesso ao exame de forma individual. A pesquisa está prevista para ser concluída em setembro deste ano e os resultados serão divulgados publicamente em coletivas de imprensa.
Parcerias
O estudo vai envolver diversas entidades de saúde nacionais e internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o IBGE.
Com Informações: PEBMED/Ministério da Saúde
Foto: Divulgação
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