Movimento Saúde

O Paraná enfrenta um aumento expressivo na circulação de vírus respiratórios nas últimas três semanas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). Os principais responsáveis pelo avanço são o vírus sincicial respiratório (VSR) e o Influenza A.

A positividade nos testes para o VSR saltou 133,55%, passando de 6,43% em março para 15,02% em abril (até o dia 22). Já o Influenza A registrou um crescimento ainda mais acentuado de 497,78%, subindo de 0,90% para 5,38% no mesmo período.

O levantamento foi feito a partir da análise de 3.013 amostras coletadas nos meses de março (1.881) e abril (1.132). Além dos dois vírus com maior alta, também foram monitorados o SARS-CoV-2, Influenza B, rinovírus, metapneumovírus e adenovírus, que apresentaram variações discretas ou tendência de queda.

Diante do cenário, a Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da imunização contra a gripe e a adoção de cuidados preventivos, como higienização frequente das mãos e manutenção de ambientes ventilados, especialmente durante a mudança de estação.

O VSR é uma das principais causas de infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças pequenas, sendo associado a quadros de bronquiolite, caracterizados pela inflamação das vias aéreas inferiores. Já o Influenza A, vírus causador da gripe, costuma circular com maior intensidade no outono e inverno e pode ser classificado em subtipos como H1N1pdm09 e H3 Sazonal.

Desde o início da campanha de vacinação contra a gripe no Paraná, em 1º de abril, até esta terça-feira (22), foram aplicadas 322.008 doses do imunizante. A vacinação é destinada a crianças de seis meses a menores de seis anos, idosos, gestantes, profissionais da saúde e educação, povos indígenas, puérperas, trabalhadores de segurança, além de pessoas com comorbidades, deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo e portuário, funcionários e pessoas privadas de liberdade.

A Secretaria de Saúde alerta para a importância de ampliar a cobertura vacinal, visando reduzir a circulação dos vírus e evitar a sobrecarga nos serviços de saúde durante o período de maior incidência de doenças respiratórias.