Movimento Saúde

A formação em Psicologia da Unialfa – Faculdade de Umuarama se destaca pelo compromisso com um ensino transformador, que alia teoria e prática em experiências reais e profundamente humanas. Nesta semana, a reportagem do Movimento Saúde acompanhou uma aula da disciplina Roda de Conversa, voltada ao cuidado com aqueles que atuam diariamente junto a crianças neurodivergentes — o tema da atividade foi “Cuidando de quem cuida”.

A aula contou com a participação especial de três profissionais atuantes em instituições da cidade: Evilyn Prado de Oliveira, assistente social do IAITEA; Rosana Urbanski Rodrigues, professora da APAEPEVI; e Lígia de Oliveira Neves, diretora da Assumo. A presença das convidadas proporcionou aos acadêmicos do 6º período do curso de Psicologia um contato direto com a realidade vivida por famílias e profissionais que se dedicam ao cuidado de crianças com necessidades específicas.

A atividade foi conduzida pela professora Ana Paula Becker, que explicou a proposta pedagógica da disciplina. “Hoje nós realizamos uma roda de conversa com representantes de instituições que atuam diretamente com crianças neurodivergentes. A proposta foi ouvir essas mulheres que estão na linha de frente, entender suas vivências e refletir sobre como podemos, enquanto futuros psicólogos, acolher e orientar quem está nessa missão diária de cuidar”, destacou.

A ação faz parte de uma preparação para a próxima etapa do projeto, quando os alunos irão visitar as instituições e conduzir rodas de conversa com os familiares das crianças atendidas. A proposta é proporcionar escuta, acolhimento e troca de experiências, além de sensibilizar os futuros profissionais para uma prática mais empática, ética e comprometida com a saúde mental coletiva.
Segundo a professora Ana Paula, a prática é essencial na formação. “É impossível cuidar da saúde mental de uma criança sem olhar com atenção para quem a acompanha em tempo integral. São mães, pais, avós e cuidadores que muitas vezes enfrentam desafios imensos sem o suporte necessário. Essa vivência é um passo importante para que nossos alunos enxerguem o contexto familiar de forma ampla e acolhedora.”

A roda de conversa foi marcada por relatos emocionantes, reflexões profundas e a certeza de que a psicologia, quando aliada à escuta ativa e à empatia, transforma realidades. 
Para os alunos, ficou a certeza de que, mais do que aprender sobre diagnósticos e teorias, é preciso entender o contexto, ouvir com atenção e cuidar também de quem cuida. Afinal, promover saúde mental é uma construção coletiva – e começa pelo acolhimento.