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Máscaras têm eficácia próxima a zero na prevenção da covid, conclui CFM

Publicado em 16/02/2023 às 13:00 por Editoria Movimento Saúde

Eficácia muito próxima de zero. A afirmação diz respeito ao uso de máscara na prevenção da covid-19 e consta do estudo publicado pelo Cochrane Library, referência mundial em medicina especializada.
 
Foi com base neste estudo, além de outras dezenas publicações científicas, que o Conselho Federal de Medicina preparou o documento enviado nesta segunda-feira (13) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertando sobre a ineficácia do uso de máscaras na prevenção da doença.

Prejuízos individuais e coletivos
De acordo com o informe, que é assinado pelo presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, foram analisados estudos favoráveis  e desfavoráveis ao uso de máscaras para a população,que permitiram a conclusão da ineficácia. “Foram encontrados indícios de prejuízos individuais e coletivos da adoção de políticas de máscaras como as contempladas aqui”, diz o documento do órgão.

A crítica se justifica também pela qualidade das máscaras utilizadas pela população. “Diferentemente do que ocorre no contexto de profissionais de saúde em ambientes hospitalares usando equipamentos de alto nível, não há justificativa científica para a recomendação ou obrigatoriedade do uso de máscaras pela população em geral como política pública de combate à pandemia da covid-19.”

Estudos favoráveis e desfavoráveis
Dentre os trabalhos favoráveis ao uso da máscara de forma disseminada, o CFM citou mais de 20 estudos. Todos eles se apropriam de argumentos semelhantes para justificar o uso do material. “O conjunto das evidências disponíveis mostra que o SARS-CoV-2 é transmitido principalmente por meio de partículas em aerossol, produzidas direta ou indiretamente”, explicou. “Elas tendem a permanecer no ar por longos períodos de tempo e viajar a distâncias relativamente longas, além de serem mais difíceis de filtrar por meio de máscaras faciais.”

Em seu estudo, a Cochrane Library inseriu 12 ensaios, dez deles randomizados para usar ou não a máscara, abrangendo a análise da transmissão dentro de uma comunidade toda. Os outros dois estudos analisavam a transmissão dentre os funcionários da área da saúde.

Conclusão
O centro de estudo concluiu que não há evidência científica que relacione o uso de máscaras com aumento ou diminuição da transmissão de doenças pelo ar. “As conclusões pela ineficácia são baseadas em metanálise de estudos randomizados (RCTs). As máscaras não fazem quase diferença. Os resultados não só não têm significância estatística, como as estimativas pontuais de eficácia são muito próximas de zero.”

Adaptado da Revista Oeste

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