Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025 Login
O médico Celso Gomes, do Ambulatório de Infectologia de Umuarama, participou nesta terça-feira (5) de encontro com o público assistido pelo Caps II (Centro de Atenção Psicossocial), onde falou sobre o aumento crescente no número de casos de dengue na cidade. Ele alertou também para os perigos do zikavírus e da febre chikungunya.
Dr. Celso reforçou que os profissionais da Vigilância em Saúde estão preocupados com a evolução dos casos em Umuarama. “Nesta semana as regiões de mais duas unidades básicas de saúde entraram em surto. O Jardim Panorama, com 29 positivos, e o Posto de Saúde Central, com 21, se juntaram ao Centro de Saúde Escola (CSE), que lidera o ranking com 88 casos confirmados desde agosto do ano passado”, relatou.
Ele comentou ainda que há anos os brasileiros convivem com campanhas contra a dengue em todas as mídias, porém muita gente parece não se preocupar com o tema. “A dengue mata. A dengue é uma doença grave. Não podemos permitir que surtos recomecem, como em tantos anos já aconteceram. E a luta é de todos, de cada um de nós, que devemos fazer nossa parte e dedicar alguns minutos que sejam a eliminar os focos do mosquito”, pontuou.
Um grande problema, segundo o médico, é a facilidade de procriação do Aedes Aegypti. “Cada fêmea adulta põe em torno de 100 ovos a cada três dias e ela vive em média 30 dias. Esses ovos são capazes de resistir em ambientes sem água por cerca de 500 dias. E quando aparece a água, rapidamente a larva surge e em sete dias estará o mosquito formado e pronta para sair por ai picando as pessoas”, detalhou.
Além das três UBS em surto, sete unidades de saúde estão em situação de alerta – Cidade Alta (com 11 casos), Guarani/Anchieta (21), Jardim Cruzeiro (14), Jardim União (7), Jardim Lisboa (9), Sonho Meu (6) e Vitória Régia (8 positivados), e outras oito unidades registram baixa incidência de casos, além da zona rural – onde já houve seis confirmações.