Segunda-feira, 9 de dezembro de 2024 Login
É bastante comum em idosos o relato de fadiga, dores nas articulações e perda de memória. Mas esses sintomas podem ser de Fibromialgia (FM), doença reumática, que não tem cura. A Campanha Fevereiro Roxo marca a conscientização sobre Fibromialgia.
Em pessoas idosas, a doença pode surgir associada a outras patologias, como Depressão, Artrite Reumatoide e Artrose, o que potencializa as dores comuns à doença.
“A pessoa que tem fibromialgia sente dor no corpo todo, de forma intensa e generalizada, sem trégua, uma dor contínua, acompanhada de um cansaço inexplicável, que chega a durar meses”, esclarece a médica geriatra, Dra. Priscila Cogo (CRM 35270/RQE). “São dores que impedem o próprio toque, impossibilita um abraço e incapacita até para as atividades mais básicas, fatores que somados às dores de doenças do envelhecimento podem representar muito sofrimento ao idoso”, completa a médica.
Problema de saúde pública
A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) estima que 5% da população mundial sofre com Fibromialgia. Só no Brasil são quatro milhões, sendo as mulheres as mais afetadas (entre 75% e 90%), com prevalência em mulheres de meia idade e perimenopausa, mas pode ocorrer também em homens e até em crianças e adolescentes, se caracterizando com um importante problema de saúde pública.
Normalmente o diagnóstico é lento, passando por obstáculos que vão desde a dificuldade médica em identificar a doença até a descrença por parte de familiares até que o idoso seja encaminhado para consultas e investigação clínica.
Sintomas de Fibromialgia
• Dor generalizada e em diversas partes do corpo, que não cessam com uso de medicação ou qualquer outro tratamento tradicional para dores;
• Sensação de fadiga e cansaço mesmo após uma longa noite de sono;
• Noites mal dormidas, especialmente por conta de sintomas de dores que ocorrem durante o período de descanso;
• Dificuldade de concentração, déficit de atenção e muita irritação ao realizar atividades de esforço mental;
• Problemas de memória;
• Dores de cabeça recorrentes;
• Dores abdominais e quadros de síndrome do intestino irritável;
• Palpitações cardíacas recorrentes;
• Quadros de formigamento e dormência em membros superiores e inferiores;
• Desconforto na realização de qualquer atividade física, de baixa ou alta intensidade.
“Embora não tenha cura, o diagnóstico precoce pode contribuir para o controle da doença, proporcionando alívio das dores e melhor qualidade de vida para os pacientes. Por isso, é importante consultar o médico aos primeiros sintomas”, aconselha Dra. Priscila.
Foto - Hudson Fernando
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