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Qual a relação entre trombose e viagem de avião?

Publicado em 27/10/2021 às 09:19 por Editoria Movimento Saúde

O fim do ano se aproxima, as fronteiras já começam a se abrir para o turismo, após quase dois anos de restrições impostas pela pandemia da covid-19, e consequentemente as famílias começam a se programar para viagens aéreas mais longas.

Viagens longas de avião fazem lembrar desconforto de ficar por horas em poltronas apertadas, sem movimentar as pernas com a frequência necessária. Mas essa sensação de aperto vai além do desconforto. Ela é prejudicial à circulação sanguínea. “A má circulação dos membros inferiores, em pessoas que possuem fatores genéticos como obesidade, diabetes, sedentarismo, hipertensão e tabagismo, pode causar a trombose venosa profunda, também chamada de 'trombose dos viajantes'”, ressalta a médica hematologista Dra. Aruana Legnani Mohr (CRM 31164 – RQE 20051).

Conhecer os sintomas e evitar

É mais comum que a trombose se forme nas veias da panturrilha, mas pode ocorrer de se alojarem nas coxas e também nos membros superiores. “Durante longas viagens, ou em qualquer situação em que a posição das pernas facilite o represamento do sangue por muito tempo, é importante que as pessoas fiquem atentas aos sintomas da trombose venosa profunda, que são dores, formigamento ou adormecimento das pernas e a coloração do membro, que fica avermelhada ou arroxeada”, aconselha a médica.

Algumas medidas simples se mostram bastante eficazes para evitar a trombose venosa profunda durante as viagens mais longas, como por exemplo, movimentar-se durante o voo. Usar roupas confortáveis também ajuda. “As pessoas não se atentam que roupas apertadas podem concentrar o sangue em determinada parte do corpo, comprometendo a circulação e facilitando a formação de coágulos”, alerta a especialista.

Tomar água é sempre importante e durante as viagens não é diferente. “Não tomar água torna o sangue mais viscoso e facilita a formação de trombos”, orienta Dra. Aruana. 

Entenda o que é trombose

A trombose venosa profunda é formação de coágulos no sangue, que ocorre pelo represamento da circulação devido à permanência do passageiro por muito tempo sentado durante o voo, com as pernas retraídas. 

Os danos podem ocorrer a curto e longo prazos. “Em curto prazo, o maior risco da trombose venosa profunda é de que o coágulo se desprenda da veia e se mova pela circulação até o pulmão, o que causa a embolia pulmonar, podendo levar à morte. Já em longo prazo, o problema pode evoluir para a insuficiência venosa crônica, obstruindo as válvulas existentes no interior das veias, que são responsáveis por levar o sangue venoso de volta ao coração, o que pode provocar um Acidente Vascular Cerebral - AVC.

Mês de combate à trombose

Outubro é considerado o mês de combate a Trombose – terceira maior causa de morte no mundo – e embora possa ser letal, identificar o problema a tempo é essencial para o sucesso do tratamento. 

Os fatores de risco para trombose são:

- Tabagismo;
- Uso de anticoncepcionais ou hormônios;
- Hereditariedade;
- Gravidez;
- Idade avançada;
- Ficar muito tempo deitado ou sentado;
- Obesidade;
- Câncer;
- Cirurgias e traumas;

De forma geral, os sintomas de trombose incluem dor, calor, vermelhidão e rigidez muscular na região do trombo. "Para diminuir a probabilidade de sofrer com tromboses, é necessário praticar exercícios físicos, manter uma alimentação adequada, não fumar, evitar consumo de bebidas alcoólicas, controlar o peso e as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão", reitera a médica.

Dra. Aruana Legnani Mohr - Hematologista

Foto - Hudson Fernando/divulgação

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