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Durante o pré-natal são realizados três exames para o diagnóstico da sífilis

Sífilis na gravidez pode provocar má formação congênita e a morte do bebê

Publicado em 23/10/2019 às 13:00

A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida via sexual ou vertical (quando a mãe transmite para o bebê durante a gestação). “Sífilis não tratada na gravidez pode provocar má formação congênita, parto prematuro e até a morte do bebê durante a gestação ou no parto”, alerta o Médico da Mulher, Elgner Moraes Pereira.

A doença, traiçoeira e silenciosa, virou epidemia nacional e afeta principalmente mulheres em idade reprodutiva, independente da classe social. É uma realidade que vivenciamos quase todos os dias no consultório”, destacou o médico

Dados do Boletim Epidemiológico da Sífilis indicam que, em 2005, a taxa de diagnóstico de sífilis em gestantes no Brasil era menor do que 1 caso a cada 1000 nascidos vivos. Em 2015 esse índice subiu para 7,4 casos a cada 1000 nascidos vivos. No último Boletim do Ministério da Saúde, divulgado no final de 2018, observou-se aumento de 28,5% na taxa de detecção em gestantes, 16,4% na incidência de sífilis congênita e 31,8% na incidência de sífilis adquirida.

Dados também do Ministério da Saúde apontam que, 98% dos bebês cujas mães tiveram sífilis não tratada durante a gestação, nascem surdas; 75% apresentam algum grau de cegueira e 38% de deficiência mental.

DR. ELGNER MORAES PEREIRA ATENDE NA CLÍNICA DA MULHER EM UMUARAMA“Por isso é tão importante fazer o pré-natal, realizar todos os exames e, caso a bactéria seja detectada, seguir o tratamento corretamente até o fim. Isso praticamente elimina o risco de contágio vertical, protegendo a saúde da mãe e do bebê”, salienta Dr. Elgner.

Durante o pré-natal, a gestante deve fazer pelo menos três exames para detectar a sífilis, no primeiro, no segundo e no terceiro trimestre da gestação.

 

Doença traiçoeira

“Aquela feridinha que não dói, não coça, não arde e não tem pus pode ser o primeiro sinal de sífilis”, disse Dr. Elgner. O médico explica que, normalmente, a ferida desaparece de forma espontânea, entre duas e seis semanas depois de se manifestar, tendo sido tratada ou não, dando a falsa impressão que está curada. “Ai mora o perigo. Mesmo com a ferida cicatrizada, a infecção continua em evolução e pode trazer complicações sérias à saúde do paciente”, destaca.

A sífilis é classificada em primária, secundária, latente e terciária. Sintomas de cada fase:

Sífilis primária  - Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

Sífilis secundária - Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.  Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo.

Sífilis latente (fase assintomática) - Não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção). A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

 Sífilis terciária - Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

“Ao perceber um ou mais desses sintomas, procure um médico imediatamente. O teste para a detecção da sífilis é simples e rápido e o tratamento muito eficaz” destacou o médico.

 

Fique sabendo

“É uma doença muito perigosa, embora muito negligenciada”, lamenta Dr. Elgner.  Segundo Ministério da Saúde, a taxa de detecção da sífilis adquirida no Brasil passou de 44,1/100 mil habitantes em 2016 para 58,1 casos para cada 100 mil habitantes em 2017.

Entre gestantes, cresceu de 10,8 casos por 1 mil nascidos vivos em 2016 para 17,2 casos a cada 1 mil nascidos vivos em 2017. Já a sífilis congênita passou de 21.183 casos em 2016, para 24.666 em 2017. O número de óbitos por sífilis congênita foi de 206 casos em 2017, maior que em relação a 2016, quando foram registrados 195 casos.

“O quanto antes for detectada e tratada, menores serão os efeitos devastadores no organismo. É importante fazer os exames preventivos, não só durante a gravidez, mas em todas as fases da vida”, salientou.

A Secretaria de Saúde de Umuarama, através de seu Ambulatório de Infectoria, oferece gratuitamente testagem rápida para a detecção da sífilis para a população em geral. Basta se dirigir à Rua Perobal, fundos do Centro de Especialidades Médicas – CEM. Mais informações pelos telefones (44) 3906-1033 e 98457-1044.

 

DR. ELGNER MORAES PEREIRA

Médico Intensivista (CRM 30091), Médico da Mulher e Ultrassonagrafista. Atende na Clínica da Mulher, na avenida Manaus, 3882, em Umuarama-PR. Fone (44) 3624-1995.

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