Terça-feira, 5 de novembro de 2024 Login
O período de férias chegou e com ele as confraternizações, viagens, praias, clubes e outras formas de lazer. O verão vem com tudo e as opções aquáticas são as mais procuradas para aliviar o calor. No entanto, nesta época do ano as atenções também devem estar voltadas para o mergulho em águas rasas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), o mergulho em águas rasas ou desconhecidas é a quarta causa de lesão medular no Brasil e no verão salta para o segundo lugar.
“Esse aumento no número de casos de fraturas na coluna vertebral, infelizmente, é comum neste período. As pessoas precisam ter mais cuidado em ambientes aquáticos e evitar brincadeiras como as de empurrar, principalmente em piscinas”, alerta o médico neurocirurgião Dr. Danilo Magnani Bernardi (CRM/PR: | 20713 | RQE: 16667).
A maioria das lesões acontece na faixa etária entre 10 a 30 anos e geralmente são localizadas na coluna cervical. “As lesões podem variar desde traumas musculares como contraturas que podem cicatrizar de forma mais precoce até lesões e fraturas associadas a deslocamentos das vértebras. Podem cursar com alterações neurológicas causando perda de sensibilidade e da força muscular, podendo atingir os quatro membros do paciente”, explica o médico.
Por isso, é importante fazer o famoso reconhecimento da região. “São iniciativas simples que podem salvar vidas e evitar lesões graves como: paralisia de pernas e braços, danos para coluna vertebral, lesões como fratura e luxação, problemas neurológicos, trauma de crânio, fratura nas mãos, pés, e outros problemas”, aponta.
Dicas para não esquecer
- Não mergulhe em águas turvas ou desconhecidas;
– Não mergulhe após ingerir bebida alcoólica ou outras substâncias que atrapalhem os reflexos;
– Evite brincadeiras de empurrar os amigos para dentro da água;
– Cuidado ao tentar ajudar uma pessoa que sofreu este tipo de lesão: fazer ela mexer a cabeça poderá piorar a lesão. O mais importante é imobilizar e chamar ajuda médica para adequada avaliação.
“No momento do acidente todos querem ajudar, mas é preciso ter muito cuidado, pois a manipulação da pessoa realizada de forma incorreta pode piorar a lesão. No hospital, os médicos especializados irão avaliar e recomendar o melhor tratamento”, pondera o Dr. Danilo.