Sexta-feira, 6 de dezembro de 2024 Login
Trata-se de uma doença crônica em que é importante o tratamento contínuo e monitorização para avaliar a atividade da doença.
Foto: Divulgação
O que é?
Lúpus eritematoso é uma doença rara autoimune, ou seja, na qual o sistema imunológico reage contra as células da própria pessoa, causando danos que podem ser nos órgãos internos (rim, pulmão, coração, cérebro e articulações) ou somente na pele. Afeta mais as mulheres que os homens, e mais adultos jovens que crianças e idosos. Trata-se de uma doença crônica em que é importante o tratamento contínuo e monitorização para avaliar a atividade da doença. Como a pele é afetada em 80% dos pacientes, o médico dermatologista é frequentemente o responsável pelo diagnóstico.
Sintomas Sintomas
O lúpus eritematoso pode se manifestar de formas diferentes, de acordo com o órgão afetado, e isso, às vezes, retarda seu diagnóstico. Na pele, frequentemente se apresenta como sensibilidade ao sol, nas áreas expostas, como face, colo e braços. Manchas avermelhadas que podem descamar e deixar até cicatrizes são comuns. Em áreas com pelos, como o couro cabeludo, pode causar queda dos cabelos. É comum haver dor nas articulações, mal-estar, perda de apetite e de peso. Nos casos em que afetam órgãos internos, pode haver dor e dificuldade para respirar, redução do funcionamento dos rins, desmaios, convulsões e tromboses. Geralmente, o diagnóstico depende da comprovação da agressão ao órgão afetado pelo lúpus e de exames laboratoriais.
Tratamentos Tratamentos
Além da proteção solar rigorosa, as diferentes formas de lúpus demandam diferentes formas de tratamento. Praticamente todos os casos se beneficiam do uso de medicamentos antimaláricos (que tratam malária, mas também reduzem a inflamação no organismo), por longo período, que reduzem a inflamação da pele, articulação e rins. O lúpus da pele pode ser tratado com cremes ou injeções locais com medicação que reduz a inflamação Formas pulmonares, renais e cerebrais de lúpus necessitam de outras drogas que reduzem a imunidade (imunossupressoras), e que, muitas vezes, requerem internação hospitalar ou infusões diretamente na veia. Uma equipe multidisciplinar com reumatologistas, neurologistas, nefrologistas e pneumologistas pode ser necessária.
Prevenção Prevenção
Como a doença ocorre por predisposição genética, não há medidas específicas que previnam seu surgimento. Porém, o diagnóstico e início do tratamento precoces levam a menor dano no organismo. Pacientes diagnosticados com lúpus devem se proteger do sol com atitudes que minimizem sua exposição no dia a dia e no trabalho, além do uso de filtro solar diariamente. A exposição solar pode levar à atividade da doença.
O cigarro (fumar ou conviver com fumantes) deve ser evitado por pacientes com lúpus, pois aumenta a atividade da doença e reduz a eficácia dos tratamentos. Gravidez pode levar à piora do lúpus em metade das pacientes, além de oferecer risco de aborto. Portanto, até que a doença esteja adequadamente controlada, a gravidez deve ser adiada.
Nas formas de lúpus que afetam apenas a pele, o prognóstico é excelente, com controle completo da doença. Finalmente, os pacientes com lúpus devem fazer seguimento médico, mesmo se estiverem sem sintomas. A doença tem caráter crônico e pode retornar de forma silenciosa.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia
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