Sexta-feira, 29 de março de 2024

(44) 2031-0399

(44) 9 9907-2342

Anúncio - Dr Ronaldo
Anúncio - André
Anúncio - INSTITUCIONAL

No Brasil, as estimativas são alarmantes, mas servem de alerta

Publicado em 27/11/2021 às 09:36 por Editoria Movimento Saúde

O dia 27 de novembro marca a Luta Mundial contra o Câncer. No Brasil, a luta é árdua. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa para cada ano do triênio 2020-2022 aponta que ocorrerão 625 mil casos novos de câncer (450 mil, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma). O câncer de pele não melanoma será o mais incidente (177 mil), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada).

Outubro Rosa

A última campanha do Outubro Rosa foi tema de um levantamento conduzido pela FEMAMA – Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – revelou que em todo o país, até o dia 1 de novembro, apenas 26% haviam realizado a mamografia. Entre as que não possuem plano de saúde, o número cai para 15%.

Considerando as faixas etárias que apresentam risco maior de desenvolver a doença, o resultado ainda é mais alarmante: entre as mulheres de 45 a 55 anos, apenas 33% fizeram o exame no período, enquanto entre participantes a partir de 56 anos o índice é 31%.

Justificativas

Entre as que não realizaram o exame, a principal justificativa foi não ter conseguido atendimento no SUS (25%), seguida pelo medo de contaminação pelo novo coronavírus (24%, sendo que 20% afirmam que pretendem marcar o exame em breve) e medo de encontrar alguma coisa (6%).

“Os dados coletados no levantamento são muito preocupantes e precisam servir como alerta”, enfatiza a presidente voluntária da FEMAMA, Dra. Maira Caleffi, lembrando que o diagnóstico precoce do câncer de mama é de extrema importância para que a mulher tenha mais chances de cura, e a mamografia é uma das ferramentas mais importantes na detecção da doença em estágios iniciais. “A demora na realização dos exames de rastreamento pode levar, nos próximos meses, a um aumento no número de casos em estágios mais avançados e de difícil tratamento”, aponta.  

Com o diagnóstico precoce as chances de cura aumentam significativamente.

Perguntas que salvam

A pergunta principal, que norteou o levantamento da FEMAMA foi: “você já fez sua mamografia esse ano”. E além desta, também foi perguntado às mulheres se elas estão atentas a outros dois cuidados com a saúde que são considerados fatores comportamentais de risco para o câncer de mama: “você tem controlado seu peso?” e “você tem feito atividade física regularmente?”. 

De acordo com o INCA, cerca de 13% dos casos da doença em 2020 no Brasil (aproximadamente 8 mil ocorrências) poderiam ter sido evitados pela redução de fatores de risco relacionados ao estilo de vida, em especial, da inatividade física. No entanto, 60% das entrevistadas afirmam não realizar exercícios regularmente.

Fatores de risco

Entre as que não praticam atividades físicas com frequência, a maioria - 27% - diz não ter tempo em sua rotina, 23% têm preguiça ou não gostam, 11% afirmam já fazer muito trabalho doméstico que equivalem a exercícios e 9% não têm acesso a um local adequado para essa finalidade.

Já em relação ao controle do peso, 64% responderam sim à questão. As mulheres que responderam ‘não’ a essa pergunta afirmam que a ansiedade tem dificultado a regulação de seu peso (30%) e que a pandemia prejudicou esse controle (17%). Não ter acesso a um profissional nutricionista pelo SUS foi citado como justificativa por 14% das mulheres.

Recomendações

A FEMAMA e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomendam a realização anual da mamografia regular a partir dos 40 anos em mulheres assintomáticas, para aumentar as chances de um diagnóstico precoce e a redução da mortalidade.

Já o Ministério da Saúde indica atualmente a realização bianual a partir dos 50 anos, excluindo dos programas de rastreamento a faixa de mulheres entre 40 e 49 anos), responsável por cerca de 15-20% dos casos de câncer.

O levantamento da FEMANA foi realizado de forma online, entre os dias 22 de setembro e 1 de novembro, com participação de 1.264 pessoas do sexo feminino.

O resultado da campanha pode ser consultado em detalhes no site Três perguntas que salvam  https://3perguntasquesalvam.femama.org.br/

Fotos: FEMAMA/Divulgação

Anúncio - Dra Marlene
Anúncio - Dr Antonio