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Quando consumido com moderação, o chocolate pode fazer bem para a saúde de todo o corpo, principalmente do coração

Foto: Divulgação

Dia Mundial do Chocolate - o doce que é gostoso e faz bem ao coração

Publicado em 07/07/2022 às 11:00 por Editoria Movimento Saúde

No Dia Mundial do Chocolate – 7 de julho – os adeptos da iguaria tem muito o que comemorar.  Uma delícia apreciada em todo o mundo, o chocolate é quase uma unanimidade quando se fala em doces e sobremesas .  A boa notícia é que, quando consumido com moderação, o chocolate pode fazer bem para a saúde de todo o corpo, principalmente do coração.

O cacau é rico em fitoquímicos fenólicos (polifenóis), especialmente de substâncias conhecidas como flavonoides, que são potentes antioxidantes. Antioxidantes protegem o organismo contra os radicais livres  - moléculas muito reativas que são produzidas pela oxidação biológica e danificam vários tecidos.

Os alimentos com alto teor de antioxidantes, como o chocolate, são associados a um menor risco de várias doenças, incluindo diabetes e doença cardíaca. Os flavonoides contidos no cacau do chocolate, de um composto chamado óxido nítrico, atua promovendo o relaxamento dos vasos sanguíneos, o que contribui para a redução da pressão.

Contudo, não é todo chocolate que faz à saúde. O chocolate mais popular que temos no mundo todo é o chocolate ao leite, uma mistura que tem em média somente 11% de derivados do cacau na sua composição. O restante é leite integral, açúcar e diferentes tipos de gordura. Além de aumentar a quantidade de gordura saturada, o leite inibe tanto a absorção como o efeito antioxidante do principal grupo flavonoide contido no cacau (epicatequinas).

O mais recomendado é o chocolate amargo, que possui na sua mistura até 70% dos derivados do cacau (altas concentrações de flavonoides, apresentando o dobro da capacidade antioxidante do chocolate ao leite ), não contém leite e possui uma menor quantidade de açúcar.

Condições para os Benefícios

A ingestão de chocolate pode trazer benefícios à saúde nas seguintes condições:

  •          desde que seja do tipo amargo (60% -70% de cacau);
  •          não contenha leite na sua formulação (também não deve ser ingerido com leite ou derivados);
  •          consumido em pequena quantidade (alguns estudos sugerem não mais que 25 g por dia);
  •          as calorias ingeridas com o chocolate devem ser suprimidas de outras refeições
  •          Portanto, preste atenção na etiqueta do seu chocolate amargo predileto, ingira com moderação (de preferência algum tempo após um saudável jantar mediterrâneo, regado a vinho tinto e concluído com uma xícara de chá verde).

Dessa maneira, além do prazer e da nutrição você estará prevenindo doenças e aumentando sua qualidade de vida.

 

CURIOSIDADE

 Os registros mais antigos sobre o consumo da iguaria datam de 1.500 a.C. , quando antigas civilizações que habitaram o México antes da Colonização Espanhola utilizavam o cacau para produzir uma bebida amarga e escura, consumida em rituais sagrados pelos Astecas e Maias.

Após o domínio espanhol sobre o Golfo do México, no Século XIV, o chocolate foi introduzido em toda a Europa. Inicialmente somente mulheres, nobres e sacerdotes podiam consumir o chocolate – a bebida a base de cacau passou a ser misturada a especiarias para suavizar o sabor a amargo. Passou a ser usada principalmente em cultos da Igreja Católica, mantendo suas origens místicas. 

No século XVII, na Holanda, ocorreu o processo de industrialização do cacau, com a possibilidade de separação da manteiga de cacau da massa de cacau. Em 1847, o britânico Joseph Fry criou a primeira barra de chocolate, ou seja, o primeiro chocolate sólido. Mas ele continuou amargo.

Em 1875, após a invenção do leite em pó por Henry Nestlé, o suíço Daniel Peter criou o primeiro chocolate ao leite. Três anos depois, o suíço Rudolph Lindt revolucionou a produção do chocolate ao criar o processo de conchagem, incluindo na receita a manteiga de cacau.

Nessa etapa, o chocolate ainda líquido é movimentado de uma forma que se desprendam os ácidos voláteis, o que deixa o chocolate menos ácido e mais saboroso. O processo também arredonda as arestas das partículas de cacau, tornando a textura do chocolate ainda mais macia. Então, tanto o leite quanto a conchagem causaram um grande impacto na qualidade do chocolate, tanto em sabor quanto em textura.

A possibilidade de um efeito benéfico do cacau sobre a saúde foi levantada no ano de 2001, a partir de estudos epidemiológicos desenvolvidos em uma população de ameríndios Kuna, que vivem em um arquipélago na costa do Panamá. Esta população apresenta baixa mortalidade por doença cardiovascular com uma prevalência extremamente baixa de aterosclerose, hipertensão, diabete e dislipidemia (alteração dos lipídios no sangue). A hipótese foi de que estes efeitos eram conseqüência da alta ingestão de cacau pela população.

De lá para cá, dezenas de estudos científicos têm sido publicados testando os possíveis efeitos benéficos do chocolate, ou de seus componentes, sobre diversas variáveis do organismo. Alguns destes estudos são conclusivos, outros nem tanto.

 

 

*Com informações dos sites ABC da Saúde e Chocolata 

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