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Sífilis, a DST traiçoeira

Foto: Divulgação

A DST traiçoeira que virou epidemia no Brasil

Publicado em 27/10/2018 às 10:52

Sífilis, a DST traiçoeira  

A exemplo da Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, a infeção por sífilis tem aumentado de forma preocupante no Brasil. Em 2016 o Ministério da Saúde decretou epidemia da doença.

Os números realmente assustam. Em 2010 haviam sido registrados 1249 casos de Sífilis. Em 2015, esse número subiu para 65.878, um aumento de mais de 5.000%, e chegou em 87.593 casos em 2016.

Somente entre os anos de 2015 e 2016, a sífilis adquirida teve um aumento de 27,9%; a sífilis em gestantes, de 14,7%; e a congênita (transmitida da mãe para o bebê pela placenta ou no momento do parto) de 4,7%.

 

A SÍFILIS

Aquela feridinha que não dói, não coça, não arde e não tem pus pode ser o primeiro sinal de sífilis. Normalmente, a ferida desaparece de forma espontânea, entre duas e seis semanas depois de se manifestar, tendo sido tratada ou não, dando a falsa impressão que está curada. Contudo, mesmo com a ferida cicatrizada, a infecção continua em evolução e pode trazer complicações sérias à saúde do paciente.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum. Raramente, a sífilis pode ser transmitida pelo beijo.

A doença é silenciosa, com fases assintomáticas. Nos estágios primário e secundário, a possibilidade de transmissão é maior. A terceira fase (sífilis terciária) é mais rara nos dias atuais, mas pode surgir após vários anos ou décadas depois do início da infecção, na ausência de tratamento.

Quando tratada nas fases primária e secundária, a sífilis tem cura. O diagnóstico na fase terciária tem tratamento mais difícil, pois é preciso localizar onde a bactéria está alojada. Mas mesmo assim as perspectivas de cura são altas.

A sífilis não tratada pode trazer consequências desastrosas para a saúde do paciente. Pode provocar o surgimento de inchaços na pele, fígado e outros órgãos. Problemas neurológicos, AVC, aneurisma, inflamação da aorta e de outras artérias e vasos sanguíneos, danos às válvulas do coração e outros problemas cardiovasculares também são algumas das complicações possíveis.

Em grávidas não tratadas de forma adequada, a infecção pode causar aborto, prematuridade, malformação do feto, entre outras consequências da sífilis congênita.

 

Gravidez e Sífilis congênita

A recomendação é que a gestante deve ser testada pelo menos duas vezes durante o pré-natal, no 1º e 3º trimestres. Esse procedimento pode ser feito, gratuitamente, na unidade de saúde onde a futura mamãe faz seu pré-natal.

Quando o resultado for positivo, a mulher deve iniciar o tratamento imediatamente para evitar a transmissão vertical e prevenir a sífilis congênita.

É importante lembrar ainda que a mulher deve ser testada no momento do parto ou aborto, ou após exposição de risco/violência sexual.

O parceiro também deve ser testado e tratado durante o pré-natal. Assim, além do casal, a saúde da criança fica protegida.

 

Importância da prevenção combinada

Para evitar a transmissão, é necessário utilizar de forma correta e regular a camisinha feminina ou masculina. Quanto à prevenção da sífilis congênita, o diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento de gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal contribui para controle de novos casos.

Na população geral, é também importante a testagem regularmente para detectar e tratar os casos. O teste rápido está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e proporciona o resultado em até 30 minutos.

 

SINTOMAS EM CADA FASE

Sífilis primária

• Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias.

• Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

Sífilis secundária

• Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial.

• Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias.

• Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo.

Sífilis latente – fase assintomática

• Não aparecem sinais ou sintomas.

• É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção).

• A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

 

Sífilis terciária

• Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção.

• Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

Ao perceber um ou mais desses sintomas, procure a unidade de saúde mais próxima da sua casa. O tratamento para a sífilis é gratuito.

 

Fonte: Blog da Saúde e Site Minha Vida

 

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